Foi sepultado na manhã deste domingo (29), o corpo da rio-clarense Barbara Negrão Cigagna Mantovani de 32 anos. Ela trabalhava como assistente administrativa na Etec Prof. Armando Bayeux da Silva e ficou muito conhecida na cidade por liderar movimentos estudantis.

Barbara estava grávida de 34 semanas e veio a óbito pouco tempo depois do parto do pequeno Luke, que após nascer segue internado. A reportagem do Jornal Cidade conversou com a irmã Branca que relatou este momento de dor e luto da família pela morte repentina: “Minha irmã teve uma gravidez tranquila até que começou com sintomas de dengue, manchas no corpo… Ela procurou um médico onde foi feita a sorologia e dado positivo. Ela estava de repouso e se cuidando em casa. Porém não sabia que junto com a dengue ela tinha desenvolvido também a Síndrome de Hellp que é extremamente perigosa. O principal sintoma dessa síndrome é a pressão alta só que por conta da dengue, que cai a pressão, houve um contraponto e isso foi um fator negativo que silenciou o que estava de fato acontecendo”, conta a irmã Branca Negrão Cigagna Carnier.

Branca diz que um exame de urina trouxe o alerta: “Ela fez esse exame e a partir de uma alteração de concentração de proteína na urina acendeu o alerta que além da dengue ela estava com a síndrome. Ela foi internada na UTI e precisou fazer a cesária de emergência na quinta-feira (26). O bebê, que recebeu o nome de Luke, nasceu e foi levado para a incubadora e ela seguiu na UTI. Porém infelizmente o quadro dela só se agravou e os médicos nos comunicaram o óbito ontem (28)”, lamenta.

A irmã ainda relata o que foi explicado: “Para a nossa família afirmaram que a causa foi a Síndrome de Hellp e dengue hemorrágica. Esta segunda causa eles notaram no momento da operação”, relatou Branca que ainda fez questão de em nome da família deixar uma mensagem a Barbara: ” Você era cor, alegria, sentimento e emoção. Com a sua partida o mundo perdeu um pouco de tudo isso. Mas o céu certamente ficou mais divertido e colorido. Sentiremos saudades, te amamos”, finalizou emocionada.

Barbara deixou a mãe, duas irmãs, dois sobrinhos, o esposo e o filho recém-nascido.

Vigilância Epidemiológica

O Jornal Cidade fez contato com a Fundação Municipal de Saúde que afirmou que até o momento não havia recebido nenhuma comunicação oficial da causa da morte e nenhuma notificação de dengue hemorrágica e que isto poderia acontecer durante a semana caso fosse confirmado. A reportagem irá seguir acompanhando o caso até mesmo como alerta para a população.