Fabíola Cunha

Localizadas nas calçadas, em cruzamentos, as placas de Pare e a sinalização de solo não são enfeites: estão lá para impedir que dois ou mais veículos se choquem, alertando o condutor sobre a necessidade de esperar a passagem de outro veículo.

Assim, parece simples, mas a moradora do bairro Bela Vista, Luciana Barsoti, sabe que a realidade é muito mais complicada – e perigosa: “O problema é constante e não existe nenhum tipo de fiscalização. Temos comércios e escolas nessa região, o perigo é 24 horas”, explica.

Um dos locais críticos é o cruzamento da Avenida 20-A com a Rua 13-B, onde, segundo Luciana, “o ônibus da Rápido São Paulo que trafega pela Rua 13- B não respeita a sinalização e vara o sinal de pare constantemente”.

Na Avenida 22-A, os cruzamentos com as ruas: 13-B ou 16-A (praça em frente à Unesp); ruas 12-B ou 15-A (da Igreja Santa Luzia), ruas 11-B ou 14-A e ruas 9-B ou 12-A são locais de desrespeito também.

Por fim, na Avenida 24-A, o cruzamento com a Rua 14-A “é o trecho mais perigoso, que necessita de atenção e fiscalização, principalmente ao pessoal que chega atrasado à Unesp e faz da avenida uma pista de corrida”, pontua ela. No dia em que a reportagem visitou alguns dos cruzamentos, o auxiliar de escritório Ronaldo Batista atravessava a rua. Segundo ele, que mora em um bairro vizinho, além dos carros e motos, há o perigo das bicicletas na contramão: “O pessoal anda em ziguezague, falando ao celular”, explica.

João Felipe Martins, que é ciclista, diz não usar a contramão, mas que já “tomou susto” de um motorista que ignorou o Pare em outro bairro da cidade: “As pessoas pensam que por ser bairro residencial não tem ninguém na rua, aí correm mesmo”, diz.

Luciana relata um acidente causado por desrespeito à parada obrigatória: “Um ônibus descia a Avenida 22-A, quando, no cruzamento da Rua 12-B, um motorista não respeitou o sinal de pare e colidiu com o ônibus”, conta.

Pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), ignorar a sinalização é infração gravíssima (7 pontos).

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