Eugênia tem dois filhos. Valentina de quatro anos e Ulisses, de dois anos e que ainda mama. (Foto: arquivo pessoal)

Lucas Calore

Eugênia tem dois filhos. Valentina de quatro anos e Ulisses, de dois anos e que ainda mama. (Foto: arquivo pessoal)
Eugênia tem dois filhos. Valentina de quatro anos e Ulisses, de dois anos e que ainda mama. (Foto: arquivo pessoal)

Nos últimos meses o ato de amamentar em público está repercutindo bastante no Brasil. A lei que garante o aleitamento materno em estabelecimentos foi sancionada em São Paulo pelo prefeito Haddad nesta semana, no qual quem proibir de amamentar deverá pagar R$ 500,00 em indenização.

Aqui no município, uma manifestação em apoio ao direito de amamentar em público está marcada para este sábado (18), a partir das 11h, na praça de alimentação do Shopping Rio Claro.

Uma das organizadoras do mamaço, Nayara Baraldi (27), afirma que vivemos em uma cultura que ainda traz resquícios arcaicos sobre a amamentação. “Basta vermos como o mito do leite fraco ou insuficiente permeia a cabeça de qualquer cidadão ao ver um bebê chorar e a mãe o aleitar no peito”, diz.

Nayara, que é obstetriz, trabalha também junto ao Projeto Amamentar – Proama, que oferta cursos em parceria com a Fundação Municipal de Saúde de RC para capacitação e discussão sobre o manejo do aleitamento materno para os profissionais de saúde.

O evento deste sábado, segundo Nayara, busca conscientizar e esclarecer a falta de respeito atribuída por algumas pessoas pelo modo como o outro se porta na hora de amamentar.

A profissional afirma ainda que a prática do aleitamento materno é responsável por promover uma integração familiar e o aumento do apego entre os membros. “Muitas mulheres deixam de amamentar ou lançam mão de uma fralda sobre o peito e o bebê, ou se escondem para amamentar, por receio do que a sociedade vai pensar, ou até mesmo do pré-julgamento do próximo, e não por um querer próprio, mas por um querer culturalmente construído”, afirma Nayara.

A empresária Eugênia Queiroz (37), que estará presente no evento, lembra que a amamentação é um ato de amor. “Ainda vemos pessoas ‘chocadas’ quando se deparam com a cena de uma mãe, com o peito à mostra, amamentando. Nunca vou me esconder, nem esconder meu filho, seja debaixo de um pano ou dentro de uma cabine, pra poder amamentar. Amamentação é ato de afeto, cria vínculos importantíssimos entre mãe e filhos e faz bem pra saúde”, diz. A Organização Mundial de Saúde recomenda que as crianças sejam amamentadas, pelo menos, até completarem os dois anos de idade.

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