Seis em cada dez pacientes com câncer de cabeça e pescoço atendidos no Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (Icesp) já foram diagnosticados em estado avançado da doença. Isso significa chances de cura em torno de 40%. A probabilidade de cura em casos de tumores precocemente detectados pode chegar a 90%.

Os números fazem parte de levantamento realizado pelo Icesp, unidade ligada à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo e à Faculdade de Medicina da USP. Os tumores considerados de cabeça e pescoço são aqueles localizados na boca, faringe, laringe, glândulas salivares, cavidade nasal e da tireoide.

O tabagismo e o etilismo são fatores de risco para o surgimento da doença. Estudo recente do Icesp apontou que 80% dos pacientes com esses tipos de tumores atendidos no hospital são ou já foram tabagistas. Quando se trata do etilismo (consumo excessivo de álcool), os números representam 50% dos pacientes.

Reconhecer o tumor precocemente é o principal fator de cura

Os sinais mais comuns de alerta são manchas avermelhadas ou brancas na boca, aftas persistentes, lesões nos lábios que não cicatrizam, rouquidão que não melhora, nódulos no pescoço, dificuldade para engolir e mudança na voz.

“É importante procurar uma avaliação médica se qualquer sinal de alerta persistir por mais de 15 dias. Quanto antes o paciente for diagnosticado, maiores são as chances de cura e qualidade de vida após o tratamento”, afirma o chefe do serviço do Icesp, Marco Aurélio Kulcsar.

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