Adriel Arvolea

Equipe de Educação Ambiental da empresa verificou munícipes despejando sacos de lixo em locais indevidos para coleta
Equipe de Educação Ambiental da empresa verificou munícipes despejando sacos de lixo em locais indevidos para coleta

No dia 21 de dezembro de 2014, o Jornal Cidade noticiou que coletores da empresa Ambientelix Serviços Ambientais, responsável pelo serviço, estavam amontoando sacos de lixo doméstico nas esquinas do Jardim das Paineiras, ao invés de recolhê-los no momento da passagem do caminhão de coleta. Conforme estabelecido em cláusula contratual entre prefeitura e a empresa, essa prática não é permitida. A coleta deve ocorrer de casa em casa.

À época, a coordenação da empresa disse à reportagem que os coletores estão cientes da cláusula. Caso a descumpram, são penalizados. “A empresa tem dois fiscais para verificar irregularidades desse tipo. Estamos há quatro meses sem receber reclamações de lixo amontoado em via pública. Caso verifiquemos o problema, o coletor é advertido e punido. No Paineiras, pode ter ocorrido um caso isolado”, explicou.

Mas um levantamento recente do departamento de Educação Ambiental da Ambientelix aponta que o hábito de amontoamento de lixo, ainda, concentra-se, em sua maior parte, nas mãos da população, pois é ela quem deve contribuir para uma melhora neste cenário.

De acordo com o gestor e educador Ambiental, Éder Rodrigo Varussa, que vem diagnosticando e acompanhando há vários meses, junto com sua equipe, por intermédio de vistorias, análises, e trabalhos de orientação nos bairros os casos de amontoamento e acúmulos de lixo na cidade, nota-se uma certa resistência da população em deixar seus sacos de lixo em frente às casas, com medo de não serem recolhidos ou mesmo de sujar a frente das residências, transferindo, então, o problema para outros lugares, principalmente o meio de ruas, praças, canteiros centrais, terrenos, avenidas, esquinas, causando transtornos adjacentes.

“Em muitos bairros, a população tem o costume de deixar o saco de lixo dois dias antes da coleta no meio das ruas, o que, além de atrapalhar o trânsito, pode ser abrigo de animais peçonhentos, ocorrer espalhamento dos resíduos pelas ruas, devido à ação de cães que transitam pelo local e, consequentemente, trazer prejuízos como entupimentos de bueiros nestes períodos chuvosos. Por isso, é importante que a população respeite o dia da coleta no bairro e disponha o saco de lixo em frente à residência”, reforça Varussa.

O educador reitera que os coletores são orientados a recolher porta a porta, e ainda passam por treinamentos constantes, como: não praticar amontoamento de lixo em vias públicas, utilizar corretamente os equipamentos de segurança, respeitar os munícipes, zelar pelo espírito de cooperação em equipe, o que é de suma importância para o desenvolvimento das atividades de trabalho. Quando há denúncias e reclamações de amontoamentos de lixo praticados por coletores da empresa, os mesmos são advertidos e punidos imediatamente. Quando ocorre amontoamento pela população, é feito um trabalho sério e rigoroso de conscientização e educação ambiental no local.

“Entendemos que a responsabilidade parte de ambos os lados, porém o que se vê atualmente em nosso município é que a maior parte de amontoamentos de lixo em vias públicas provém dos munícipes, e mesmo desenvolvendo inúmeros trabalhos de orientação e aumentando a fiscalização, não será suficiente, pois as pessoas devem rever os seus atos e cuidar do ambiente em que vivem”, reforça Varussa.

De acordo com a prefeitura, as denúncias de casos do tipo podem ser feitas diretamente à Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema), pelo telefone 3522-1997. Para reclamações ou informações, ligue, também, para a Ambientelix, no 3524-3800.

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