Ex-funcionários da Gurgel aguardam pelo pagamento do décimo rateio referente a processos contra a União

Vivian Guilherme

Ex-funcionários da Gurgel aguardam pelo pagamento do décimo rateio referente a processos contra a União
Ex-funcionários da Gurgel aguardam pelo pagamento do décimo rateio referente a processos contra a União

Os ex-funcionários da antiga fábrica de carros Gurgel Motores S/A, falida em 1994, estão felizes com a notícia de que a décima parte do rateio deve sair ainda este ano. “O dinheiro vai vir em boa hora para quem precisava de um dinheirinho no Natal”, ressaltou o ex-funcionário Luiz Clovis Bortolozzi, que procurou o JC para dar a boa notícia.

Segundo Bortolozzi, a Justiça determinou o décimo rateio da massa falida em determinação publicada no começo deste mês. “O valor é referente a um processo movido contra a União, este é apenas um de muitos que ainda estão correndo na Justiça. Quando junta um bom valor, como esse, é feito o rateio entre os ex-funcionários”, explicou.

Gurgel

Fundada em 1969, a Gurgel teve sua fábrica montada em Rio Claro em 1975. Durante seus 27 anos de existência, fabricou cerca de 30 mil veículos. Sem apoio do governo, a Gurgel pediu concordata em junho de 1993 e foi declarada falida em 1994. Cerca de 600 funcionários aguardam os direitos trabalhistas.

Cada credor recebe os valores a que têm direito em conta poupança, mediante quadro que estabelece qual a porcentagem cada um deve receber de acordo com o processo trabalhista. Luiz Antonio Bortolin, outro ex-funcionário que acompanha de perto as decisões da Justiça, comentou que alguns dos credores até já faleceram, mas que a família recebe o que tem por direito.

Sempre empenhados na busca pelos direitos trabalhistas, os ex-funcionários ressaltaram o empenho da juíza Drª Cyntia Andraus Carretta e dos diretores de cartório Agnaldo Simões e Silmara Arcos. “Todos sempre estiveram prontos a nos atender em todos esses anos, ajudando a todos os ex-funcionários”, frisou Bortolin.

O último rateio aconteceu em dezembro de 2012, valor referente à venda dos imóveis para o CICA (Centro Industrial Cidade Azul). Bortolin lembrou que ainda existem vários outros processos e procedimentos em andamento que, quando solucionados, reverterão em novos recursos à disposição da massa falida, como, por exemplo, um terreno na cidade de Eusébio, no Ceará. “No futuro poderá haver mais valores para a massa pagar aos credores, porém não existe nenhuma previsão de quando isso possa acontecer”, ressaltou.

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