O Japão confirmou neste sábado, 25, mais um caso de infecção por coronavírus, subindo para três o número de pacientes infectados no país, segundo o Ministério da Saúde do Japão. Trata-se de uma mulher de 30 anos que mora em Wuhan, a cidade chinesa considerada o epicentro do surto. Segundo o ministério, a mulher chegou ao Japão em 18 de janeiro.

O número de mortos pelo surto de coronavírus na China saltou para 41. Já são 1.287 pessoas infectadas globalmente. Com objetivo de conter o avanço das contaminações, o governo chinês ordenou medidas nacionais para detectar o novo vírus em trens, ônibus e aviões. Os pontos de inspeção serão instalados e todos os viajantes com sintomas de pneumonia serão “imediatamente transferidos” para um centro médico, anunciou uma declaração da Comissão Nacional de Saúde.

A China também anunciou neste sábado que estendeu o cordão sanitário imposto para impedir a propagação do novo vírus descoberto em Wuhan. A nova medida levou ao isolamento de cerca de 56 milhões de pessoas. As autoridades acrescentaram outras cinco cidades na província de Hubei (centro) às 13 em que já havia imposto o dispositivo. A medida envolve a suspensão do transporte público para essas aglomerações e o fechamento de pedágios nas rodovias.

Até a manhã deste sábado, 12 países já tinham casos confirmados da doença. Além da China, onde o surto começou, França, Japão, Coreia do Sul, Singapura, Estados Unidos, Vietnã, Arábia Saudita, Taiwan, Nepal, Tailândia, Austrália e, por último, a Malásia também anunciaram que têm pacientes infectados. Nos EUA, dois casos já foram confirmados e mais de 60 registros suspeitos estão em investigação.

O último país a relatar um caso foi a Malásia, que informou três indivíduos infectados, todos eles relacionados ao homem de 66 anos que foi confirmado pelas autoridades de saúde de Cingapura como positivo para o vírus. Na noite de sexta-feira, a Austrália também notificou seu primeiro caso. O governo do país pediu aos cidadãos australianos que não viajassem para a província de Hubei, na China, epicentro do surto.

No Brasil, medidas estão sendo tomadas para impedir a disseminação do vírus. Os aeroportos brasileiros passaram a divulgar desde sexta-feira um alerta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre o coronavírus. No alerta, uma mensagem de áudio de aproximadamente 1 minuto, a Anvisa orienta os passageiros que chegaram da China e estão com sintomas como febre e tosse a procurar uma unidade de saúde. Também são dadas orientações para evitar a transmissão de doenças.

A Secretaria da Saúde de São Paulo anunciou um plano para o monitoramento e resposta de casos suspeitos. A mobilização vai englobar os principais hospitais de referência, como Instituto de Infectologia Emílio Ribas e Hospital das Clínicas, e profissionais estão sendo treinados para fazer a detecção e notificação de possíveis casos da doença.

O Ministério da Saúde descartou, durante a semana cinco casos que foram considerados suspeitos num primeiro momento. Ainda de acordo com o ministério, só devem ser considerados suspeitos pacientes que apresentem sintomas que se enquadrem no parâmetros da Organização Mundial da Saúde (OMS), como febre, dificuldade para respirar, tosse. Além disso, é necessário que tenham viajado para a cidade chinesa de Wuhan ou tiveram contanto com pessoas com suspeita ou confirmação de infecção.

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