Indústria bateu recorde de demissões no mês de junho de 2015 na comparação com 2014 (foto Agência Brasil)

Da Redação

A crise econômica está afetando a indústria. No mês de junho, o setor manufatureiro paulista demitiu 27.500 trabalhadores, 1% a mais que em maio. O levantamento foi feito pela equipe de economia da Federação e do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp e Ciesp).

De acordo com as entidades, “esse é o pior resultado para o mês de junho na série histórica da pesquisa, iniciada em 2005, aponta a equipe de economia da Fiesp e Ciesp”. O levantamento revela ainda que, das 27.500 demissões, 1.987 foram no setor de álcool e açúcar, e o restante, 25.513, na indústria de transformação.

Indústria bateu recorde de demissões no mês de junho de 2015 na comparação com 2014 (foto Agência Brasil)
Indústria bateu recorde de demissões no mês de junho de 2015 na comparação com 2014 (foto Agência Brasil)

A pesquisa do Depecon (Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos) aponta que, no primeiro semestre de 2015, a indústria paulista fechou 62.500 vagas, também o pior resultado em dez anos. Segundo a Fiesp/Ciesp, “se comparada com a situação em junho de 2014, a indústria paulista chegou a junho deste ano com um saldo negativo de 191 mil empregos”.

A expectativa é de que a indústria de transformação encerre o ano com perda de 150 mil empregos na comparação com 2014, quando já houve queda de cerca de 130 mil postos de trabalho.

Na diretoria regional do Ciesp de Rio Claro, composta por sete municípios, também houve resultado negativo de 1,97% em junho, com diminuição de 1.000 empregos. O acumulado do ano também é negativo, com queda de 700 vagas. Segundo o Ciesp, nos últimos 12 meses, o acumulado é de -6,50%, representando uma queda de aproximadamente 3.450 postos de trabalho.

O diretor do PAT (Posto de Atendimento ao Trabalhador) de Rio Claro confirma que houve aumento da procura por empregos na unidade em junho. Segundo ele, no dia 29 de junho, a agência bateu recorde de atendimentos, com 553 registros.

Sérgio Santoro comenta que, antes, os dias de maior movimento no posto eram segunda, terça e quarta-feira. Hoje, o fluxo de pessoas é grande durante toda a semana, tanto que foi preciso ampliar o número de funcionários para dar conta da demanda. O diretor ressalta que a equipe do PAT vem tentando reverter os dados negativos no município com aumento da oferta de vagas para agilizar a recolocação do trabalhador no mercado de trabalho.

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