Na foto, a cova em que Adilson foi enterrado, em uma mata existente próximo a um barraco

Carine Corrêa

Na foto, a cova em que Adilson foi enterrado, em uma mata existente próximo a um barraco
Na foto, a cova em que Adilson foi enterrado, em uma mata existente próximo a um barraco

Adilson Miranda Guimarães estava desaparecido de Ipeúna desde o dia 30 de agosto. Uma investigação revelada nessa segunda-feira (14) pela Polícia Civil indica que Adilson, de 37 anos, foi vítima de latrocínio. A Polícia Civil de Ipeúna já prendeu duas pessoas pelo crime.

Os dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP) que mostram os índices criminais dos municípios paulistas não contabilizam latrocínio em Ipeúna desde o ano de 2013. O portal disponibiliza os índices criminais das cidades do Estado a partir deste ano.

O delegado Luis Roberto Villela está à frente das investigações. Em entrevista ao JC, revelou que o corpo de Adilson foi encontrado na sexta-feira (11). “A família de Adilson deu queixa na delegacia sobre seu desaparecimento. Uma pessoa fez contato conosco informando que encontrou o chip do seu celular. Nesse momento, começamos a desconfiar do seu desaparecimento”, detalha Villela.

Foi então que a Polícia Civil de Ipeúna recebeu informações de que ele tinha sido morto. Três homens seriam suspeitos de praticar o crime. “Na sexta-feira, quando localizamos o corpo, não sabíamos ainda que se tratava de Adilson”, frisa o delegado.

Em um bar da cidade, o delegado Villela obteve informações do paradeiro de um dos criminosos. “Localizamos um deles e, posteriormente, um dos comparsas. Pretinho, como é conhecido, acabou confessando o crime e forneceu as identificações dos comparsas. Dois estão presos e o terceiro elemento está foragido. Fizemos buscas por Ferraz, mas ainda não foi localizado”, contou.

O crime

Foi na madrugada do dia 1º de setembro, em horário ainda desconhecido, que Adilson Miranda Guimarães foi vítima de latrocínio – roubo seguido de morte. O crime aconteceu em um barraco localizado na Rua Joaquim Gomes Ferreira, ao lado da Creche Maria Luiza Zanone Prata. Teriam praticado o latrocínio três pessoas: um de 19 anos, um de 21 e outro de 30 anos.

Eles roubaram de Adilson a quantia de R$ 200 e um telefone celular. Adilson Guimarães teve os pés e mão amarrados e foi morto com golpes de facão. O trio escondeu o corpo de Adilson em uma cova improvisada em uma mata próximo ao barracão. “O cadáver de Adilson foi localizado na noite do dia 11/9, parcialmente enterrado na mata próxima do barraco, com os pés e mãos amarrados, vestindo cueca e camiseta. Foi apurado que foi morto com golpes de instrumento cortante no pescoço e cabeça”, diz o parecer assinado pelo delegado Villela. O corpo de Adilson Miranda foi transportado até a mata por uma carriola.

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Outros dados

Ipeúna apresenta dados criminais típicos de uma cidade pequena do interior. Segundo os dados da SSP, neste ano não há ocorrências de homicídio. A primeira morte violenta de 2015 é de Adilson Miranda Guimarães. Em todo ano passado, foram contabilizados apenas três homicídios – dois no mês de junho e um no mês de dezembro. No ano de 2013 não houve nenhum assassinato em Ipeúna, de acordo com o portal da pasta.

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