Na sessão ordinária, cópias de holerites de servidores do Daae foram exibidos pelo vereador trabalhista

Antonio Archangelo

Na sessão ordinária, cópias de holerites de servidores do Daae foram exibidos pelo vereador trabalhista
Na sessão ordinária, cópias de holerites de servidores do Daae foram exibidos pelo vereador trabalhista

Em mais uma sessão destinada a aprovação de nomenclaturas em obras e concessão de honrarias, a suposta redução salarial de servidores do Departamento Autônomo de Água e Esgoto (Daae) chamou a atenção na sessão ordinária de segunda-feira (09).

De acordo com o vereador Dalberto Christofoletti (PDT), após aprovação da Reforma Administrativa, servidores começaram a registrar redução salarial. “Servidores efetivos tiveram corte salarial após a aplicação da Reforma Administrativa”, disse Dalberto munido com holerites de trabalhadores da autarquia.

“Temíamos justamente isso. Votamos contra a reforma”, citou o líder da oposição Juninho da Padaria (DEM) ao se recordar da votação do final do ano passado. Para acalmar o debate, o presidente da Casa, vereador João Zaine (PMDB), reiterou que o tema será debatido com o prefeito e o superintendente do Daae. “Vamos conversar com o prefeito e com o superintendente do Daae”, citou Zaine.

“Nós não podemos reduzir salários, pois se isso acontecer o prefeito pode incorrer em improbidade administrativa. Eu acho, que tem relação com as gratificações”, citou a líder do PMDB, Maria do Carmo Guilherme, ao tentar justificar a redução.

“Na prática aconteceu sim. Tem servidor que recebia R$2 mil e pouco e teve o salário reduzido para R$ 1,4 mil”, rebateu Dalberto.

O líder do PT, Agnelo Matos, após uma análise dos documentos disse que de fato houve redução dos salários, mas relacionadas a redução de horas extras. “Neste caso, por exemplo, ele tinha 151 horas extras, que foram reduzidas para 96 horas”, opinou o petista.

O assunto foi interrompido a pedido do presidente Zaine já que a questão será debatida com o Poder Executivo.

Cabe lembrar, que durante a semana passada, Dalberto já havia emitido nota oficial relatando o fato. “Consideramos graves tais relatos pois houve a promessa da Superintendência em 2014 de que não haveria perdas salariais com a reforma. Vale lembrar ainda que em reunião recente para a discussão do reajuste de água, o superintendente alegou que um dos fatores responsáveis pelo reajuste acima da inflação são os futuros gastos extras com a folha de pagamento de acordo com Reforma Administrativa”, declarou o trabalhista no texto destinado a imprensa rio-clarense.

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