Na foto de rede social, o diretor-executivo da Fundação Florestal, Eduardo Soares de Camargo, ao lado do senador Aécio Neves (PSDB)

Carine Corrêa

No fim do ano passado, o Ministério Público de Rio Claro (MP) encaminhou uma recomendação administrativa à Secretaria Estadual do Meio Ambiente para não realizar o corte de árvores em uma área de 100 hectares da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena).

No entanto, o diretor-executivo da Fundação Florestal (FF), Eduardo Soares de Camargo, explicou em entrevista ao programa Jornal da Manhã, da Rádio Excelsior Jovem Pan News, que o corte está previsto para o manejo da floresta: “O objetivo da Fenna é o de ser uma floresta de uso sustentável, e que precisa de manejo. O que é o manejo? É plantar novas espécies, cortar alguns talhões, replantar, buscar variedades mais precoces – mais resistentes ao estresse hídrico – e a Feena é uma floresta que tem que ser manejada. A floresta em pé tem uma durabilidade, em razão do eucalipto. Com 30 a 35 anos ele começar a cair e a quebrar. Não é uma árvore eterna, é uma árvore para ser manejada. Recebemos uma recomendação do Ministério Público para que não se mexesse na floresta, enquanto não fizesse algumas medidas. Somos responsáveis nas atividades e não faremos nada que infrinja a lei. O que precisa na verdade é fazer um dinamismo na unidade que atenda não só a sociedade, mas a geração da pesquisa e de recursos. Não temos condições ilimitadas de recursos. Administramos recursos escassos. Temos que cuidar desse manejo para um melhor investimento na própria unidade. Uma floresta exótica, no caso de eucaliptos, requer o manejo. Temos várias árvores caindo em virtude de muito tempo sem manejá-la”, explica o diretor-executivo. Camargo ainda revelou que a Fundação – gestora da Unidade de Conservação – deve conceder em breve permissões de uso para atividades alimentícias na Feena: “Pretendemos e entendemos a necessidade de melhorias na estrutura da floresta. Para que se instalem lanchonetes e restaurante, estudamos fazer a concessão de permissões de uso”, finalizou à Rádio Excelsior Jovem Pan News.

Venda

O Governo do Estado de São Paulo colocou 34 florestas à disposição para venda e concessão em janeiro deste ano. Camargo explica que nem Rio Claro, nem outras unidades da FF estão na lista: “Isso aconteceu em unidades pertencentes ao Instituto Florestal, não nas unidades da Fundação Florestal. A FF administra mais de 90 unidades espalhadas por todo o Estado e nenhuma delas está nessa relação”.

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