Publieditorial

O Jornal Cidade lançou no dia 27 de agosto ‘conteúdos especiais’ dentro do Suplemento Soft. A cada domingo, um assunto diferente, através de conteúdo produzido por especialistas de cada área. Na estreia, o assunto foi ‘Saúde e Beleza’ e profissionais gabaritados trouxeram informações preciosas para quem quer viver bem, com saúde e com qualidade.

No próximo domingo, dia 3 de setembro, o Soft trará um conteúdo ‘extra’ sobre Nutrição e Bem Estar. Especialistas darão dicas preciosas sobre alimentação, atividade física, saúde, beleza, estética e bem estar. Não perca!

FERTILIDADE E O TEMPO

Se nós pararmos para pensar, quando buscamos algo há muito tempo e ainda não conseguimos alcançar nosso objetivo, seja ele qual for, costumamos dizer: “Parece que quanto mais eu tento, mais parece distante”. Este é o raciocínio que devemos aplicar quando acompanhamos um casal com dificuldade em engravidar. Podemos usar a biologia e a própria matemática para explicar isso.

A chance de um casal conseguir engravidar logo no primeiro mês de tentativa é de apenas 20%. Porém, se somarmos as tentativas em 1 ano, o casal terá 90% de chance de engravidar neste período. Caso não tenha conseguido, no segundo ano de tentativas, a chance anual cai para 50%; no terceiro ano 30% e no quarto ano 15% (menos de 2% ao mês). Assim a fertilidade diminui conforme os anos passam. A chance nunca será zero, mas consideravelmente menor quanto maior o tempo de infertilidade.

Dr. Davi Buttros, Médico Ginecologista, especialista em Reprodução Humana.

Perceba que não estou me referindo à idade da mulher. Quero dizer que mesmo mulheres jovens que tentam há muito tempo, também sofrem com a queda da fertilidade. Costumo até brincar na consulta: “Se você é jovem, e no auge da sua vida reprodutiva não engravida, há um motivo a mais para me preocupar.”

As mulheres com idade avançada (maior que 35 anos) o cenário é mais preocupante, pois biologicamente as chances se tornam ainda menores.

Também não estou me referindo a uma causa de infertilidade específica. Independentemente da causa, quando o casal tenta há mais de 3 anos, costumo dizer que o fator é grave. Pois se fosse apenas um pequeno detalhe, muito provavelmente o casal teria engravidado neste período.

É muito comum ouvir em consultas, casais que procuram ajuda há muito tempo dizerem: “Não engravidamos há anos, mas os médicos falam que está tudo bem conosco.”

Por isso reforço que apenas podemos dizer que está tudo bem se o casal já engravidou. Caso contrário, o tempo está nos dizendo categoricamente o contrário: não está tudo bem.

Outro pequeno/grande detalhe. Consideramos o tempo de tentativas como sendo o período que o casal tem relações sem nenhum método de prevenção. E não apenas o tempo que o casal procura por ajuda. Todos os dias pergunto: “Há quanto tempo estão tentando?”

A conclusão final é quase sempre maior do que o tempo da resposta inicial do casal. Quando paramos para calcular, o tempo foi mais rápido que a nossa própria impressão. Sendo assim recomendo, VALORIZE O TEMPO. Pois ele passa e deixa marcas, algumas vezes, irreparáveis.

Dr. Davi Buttros – CRM 125.071

Médico Ginecologista, especialista em Reprodução Humana. 

Aprimoramento em Reprodução Assistida – Harvard Medical School – EUA

Aprimoramento em Reprodução Assistida – Fertility Center Hamburg – Alemanha

Sócio diretor do Laboratório de Reprodução   Assistida Fivmed Campinas

www.davibuttros.com.br

Tel: (019) 3534 7119

Rua 7, 635 Centro Rio Claro

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