A família que reside no imóvel ao lado da Escola Municipal Diva Marques, no bairro Consolação, critica a tentativa da Prefeitura de Rio Claro de reverter a decisão judicial que determinou a retirada de uma grande figueira que há anos está no pátio da escola e faz divisa com sua residência. Segundo os moradores, o Executivo deve cumprir a decisão, pois estão com medo de que a casa desabe a qualquer momento.

O problema

No ano passado, a família da senhora Geralda Wolf, de 84 anos, entrou na Justiça para que a figueira fosse removida. Há quase um ano uma liminar favorável foi concedida, obrigando a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, a promover o corte do espécime. No último mês de março a decisão confirmou a liminar. Agora, a Prefeitura tenta revertê-la.

Pedro Wolf, filho da senhora Geralda, falou da situação. “As trincas e rachaduras começaram a aparecer no imóvel e sempre consertamos, têm várias obras nas paredes e sinais das amarrações. Um dia o portão começou a emperrar e a porta da sala também. O pedreiro abriu o chão e achamos a raiz da árvore, que está rachando a casa inteira”, declarou.

A decisão

O advogado da família, Luiz G. Bovo Junior, ressalta que os problemas do imóvel são inerentes à presença da figueira. “A própria municipalidade reconhece, mas decidiu recorrer. Nós ajuizamos a ação para resguardar a vida humana. A supressão da árvore [também] é para resguardar o patrimônio de uma família e de uma pessoa idosa que está correndo um risco gravíssimo. Ordem judicial se cumpre”, disse.

Nos autos do processo há o laudo de um engenheiro contratado pela família para avaliar a situação do imóvel. Segundo os donos da casa, após a emissão do documento, a Prefeitura enviou um técnico ao local onde também foi concluído que há relação entre a raiz da árvore com os problemas na casa.

No início da semana, a Prefeitura informou ao JC que removeu pequena parte das raízes, para que não haja possibilidade de danos em imóveis vizinhos e, após avaliação detalhada, expediu laudo técnico apontando que a árvore permanece saudável e não oferece riscos. Ainda segundo o município, a possibilidade de retirada da árvore gerou comoção.

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