Ednéia Silva

Esperar por ônibus do transporte urbano em alguns pontos de Rio Claro é cansativo. Os pontos não têm cobertura e os usuários são obrigados a esperar sob sol ou chuva a chegada dos veículos. Quando há marquises, comércio ou outra edificação por perto, são utilizados como esconderijos. Caso contrário, o jeito é sair na chuva para se molhar ou esperar a chuva parar e embarcar no próximo coletivo.

O ponto da Rua 6 na Praça da Liberdade é exemplo claro disso. Sem cobertura, as árvores servem como abrigo contra os raios solares. Quando chove, muitas vezes a igreja é utilizada como refúgio. Pelo menos é possível sentar-se usando os bancos do jardim. Outros pontos sem cobertura no Centro ficam na Avenida 6, entre as ruas 2 e 3, e na Rua 1, entre as avenidas 7 e 9. No caso do ponto da Avenida 6, havia uma cobertura que foi retirada no ano passado e não foi recolocada.

“É horrível porque ficamos à mercê da sorte. Se faz sol ou chove é improvisar um abrigo e torcer para que o ônibus venha logo”, comenta o usuário Carlos Alberto dos Reis. Já Celina Ribeiro reclama do desconforto. “Além de ficar no tempo, não tem onde sentar. Quando o ônibus atrasa, o que é comum, é cansativo”, declara.

Regina Cardoso de Lima pergunta de quem é a responsabilidade pela construção das coberturas, se da prefeitura ou da concessionária. “Pagamos uma tarifa que não é barata e deveríamos ter como retorno um mínimo de conforto”, afirma.

A prefeitura foi questionada sobre a construção das coberturas, mas não respondeu aos questionamentos. Em matéria anterior publicada pelo JC sobre o assunto, a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana e Sistema Viário informou que o Plano Municipal de Mobilidade Urbana, em elaboração, conterá diretrizes sobre a instalação de pontos de ônibus e respectivas coberturas, inclusive de modelos específicos para a área central, onde as calçadas são mais estreitas.

A prefeitura disse ainda que tem feito, gradativamente, “a substituição de alguns abrigos, principalmente nos bairros mais distantes da região central, priorizando os pontos finais dos ônibus, visto que em outros locais poderá haver contradição com o que vier a ser estabelecido no plano citado”.

Indagado sobre o assunto, o gerente operacional da concessionária Rápido São Paulo, João Batista de Araújo, disse que a construção das coberturas nos pontos de ônibus é de responsabilidade da prefeitura.

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