Lucas Calore

A rio-clarense Charleny Santos, de 41 anos, está passando por uma situação incômoda na unidade escolar onde estuda no projeto EJA – Educação de Jovens e Adultos, e pede compreensão da Secretaria da Educação.

De acordo com a estudante, que frequenta a Escola Municipal Marcello Schmidt, estão ocorrendo casos sérios de bullying e perseguição. Ela acredita que o motivo é o fato de ela ser transexual.

Problemas

Durante as aulas, alunos mais jovens ficam fazendo comentários e chacotas sobre a estudante, que acabam por desestabilizar a ordem na classe. “Eles dão a desculpa de que estão rindo de coisas publicadas na internet, porém não é permitido o uso do celular em sala.”

Outro problema corrente é quando Charleny se senta em alguma cadeira à frente. Segundo ela, os alunos praticam o bullying ‘por suas costas’ e ela não consegue estudar ou realizar as tarefas durante as aulas.

“Não importa o lugar em que eu me sento, eles incomodam. É um descaso da coordenação da escola, que não toma atitude. Eu já falei em sala para pararem, mas nunca param. O que mais me chateia é o fato de que eu pago meus impostos, sou cidadã igual a eles. Tenho direito de estudar”, relata.

Além da questão com os alunos, Charleny afirma que alguns funcionários também a tratam de forma diferenciada dos demais estudantes.

Educação

A Secretaria Municipal de Educação foi questionada sobre os problemas envolvendo a aluna, porém limitou-se a dizer que o respeito à diversidade é compromisso permanente dos profissionais da rede pública municipal de ensino, os quais debatem e recebem informações sobre o assunto que faz parte do planejamento pedagógico, incluindo os cursos de educação de jovens e adultos.

A pasta não informou sobre medidas educacionais efetivadas para que a situação se tranquilize.

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