ALERTA: a Estação Meteorológica do CEAPLA registrou em janeiro cerca de 91 milímetros, índice este bem abaixo do esperado para todo o mês de janeiro

Sidney Navas

ALERTA: a Estação Meteorológica do CEAPLA registrou em janeiro cerca de 91 milímetros, índice este bem abaixo do esperado para todo o mês de janeiro
ALERTA: a Estação Meteorológica do CEAPLA registrou em janeiro cerca de 91 milímetros, índice este bem abaixo do esperado para todo o mês de janeiro

Via de regra, todo o começo de ano é marcado pela grande quantidade de chuva, por conta das pancadas de verão que se formam em razão da elevação das temperaturas, entre outros fatores. Mas não é isto que vem acontecendo, pelo menos em Rio Claro, de acordo com as informações de Carlo Burigo, técnico do Centro de Análise e Planejamento Ambiental (Ceapla) da Unesp. Ele explica que a situação preocupa e que, em janeiro de 2014, choveu na cidade o equivalente a 110 mm (milímetros).

Do dia 1º de janeiro deste ano, até a tarde de sexta-feira (30), o índice pluviométrico chegou a 91 mm, conforme dados do Ceapla. “Podemos afirmar que a quantidade de chuva vem diminuindo com o passar do tempo. Este ano, até o momento choveu cerca de 70% a menos que o esperado para este período”, observa o técnico. O aguardado para todo o mês de janeiro é de aproximadamente 305 mm.

O aguaceiro que atingiu o município na tarde dessa sexta-feira (30) foi considerado de fraco a médio, e não aliviou em quase nada a situação. A previsão para este final de semana é de tempo parcialmente nublado com o sol brilhando entre as nuvens e grandes chances de fortes pancadas de chuva durante a tarde. As temperaturas máximas oscilam entre 28 e 30 graus. Já a mínima deve ser de 17 graus.

Deus é brasileiro?

A crise hídrica e a falta da chuva nas demais regiões do país afligem também o governo federal. Diante de tanta inércia e da falta de providências para minimizar os transtornos, os governantes agora resolveram apelar para Deus. Chances de novos apagões existem, podendo paralisar ainda mais a economia brasileira. Mas Eduardo Braga, ministro de Minas e Energia, prefere esperar pela ajuda divina e, na maior desfaçatez, declarou recentemente o seguinte para toda a imprensa: “Deus é brasileiro e vai fazer chover e aliviar a situação dos reservatórios de água no Sudeste para produção de energia elétrica”, declarou.

Para explicar parte das dificuldades no sistema elétrico, o ministro citou o que já se sabe: ausência de chuva por dois anos seguidos. O governador paulista, Geraldo Alckmin, também, depois de muita resistência, decidiu assumir que a capital certamente enfrentará rodízios sistemáticos, caso continue sem chover consideravelmente, principalmente na região do Sistema Cantareira.

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