Antonio Archangelo

efeito estufa

A região composta por Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Itirapina, Ipeúna, Analândia e Corumbataí emitiu, na atmosfera, cerca de 1,55114 milhão de tonelada de Dióxido de Carbônico (CO2), responsável pelo Efeito Estufa no ano passado. Os dados estão no Anuário Estatístico de Energéticos por Município no Estado de São Paulo – 2015, com dados de 2014.

Um aumento de 36,48% se comparado ao início da série disponibilizada no site da Secretaria de Energia referente ao ano de 2006. Naquele ano, a microrregião emitiu cerca de 1,1365 milhão de tonelada de CO2 na atmosfera.

De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Energia, o Anuário apresenta, de forma sistematizada, dados sobre os principais energéticos consumidos pelos 645 municípios paulistas – energia elétrica, gás natural, etanol e derivados de petróleo, bem como as respectivas emissões de dióxido de carbono (CO 2). “Assim, a Secretaria de Energia disponibiliza uma ferramenta para que gestores municipais possam em parceria com o governo estadual, desenvolver atividades regionalizadas de planejamento energético, possibilitando ainda que empreendedores privados realizem análises, estudos e projetos voltados às atividades relacionadas de alguma forma a aspectos energéticos” frisa.

SANTA E O
EFEITO ESTUFA

Atravessando diligências do Ministério Público relacionadas à poluição de fluoreto (assim como outros municípios da região) advindo com a atividade cerâmica, Santa Gertrudes também é a maior emissor de Dióxido de Carbono da região com 0,59423 milhão de toneladas em 2014; contra 0,45725 milhão de tonelada emitidas por Rio Claro. De acordo com os dados, o motivo é o consumo de gás natural. A cidade é a terceira maior consumidora do combustível no Estado de São Paulo com consumo de 304,29 x 106 m³ em 2014; atrás de Cubatão com consumo de 330,32 x 106 m³ e São Paulo com consumo anual de 1.570,688 x 106 m³.

SECRETARIA

De acordo com a Secretaria de Energia, “o consumo de combustíveis reflete o perfil do município considerado. Um município de porte médio ou grande, com um parque industrial expressivo, consumirá mais combustíveis que outros menores, resultando, consequentemente, num maior volume de CO2 emitido”.
A Secretaria de Energia do Estado de São Paulo lembra, ainda, que “os municípios que possuem aeroportos apresentam um volume expressivo de emissões de CO2. Isso é devido aos critérios estabelecidos pelo IPCC – Painel Internacional de Mudanças Climáticas, órgão que determina a regulamentação sobre emissões de CO2 no mundo. Segundo o IPCC, todo o consumo de querosene de aviação (combustível utilizado em aviões), que é bastante elevado, deve ser alocado nos municípios que abastecem aeronaves, independentemente desse combustível ser disseminado na atmosfera ao longo dos percursos dos voos”.

GRge38211

 

ECONOMIA

Para o Professor Doutor David Montenegro Lapola, do Departamento de Ecologia da Unesp de Rio Claro e professor de política ambiental e mudanças climáticas que estuda o aquecimento global e as suas consequências nos grandes centros urbanos do Brasil, “o esfriamento da economia no último ano no Brasil causou leve queda nas emissões da região. Isso deixa evidente que emissão de CO2 e consequentemente as mudanças climáticas globais têm fortíssima relação com atividade econômica no modo como ela é praticada atualmente” citou.

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