SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – Thierry Henry passou os primeiros 8min46 da partida entre Montreal Impact e New England Revolution ajoelhado. Foi um gesto contra o racismo e em memória de George Floyd, que se tornou um símbolo na luta por igualdade nos Estados Unidos e no mundo.

Floyd, 46, foi morto em maio, em Minneapolis, sob custódia policial. O oficial branco Derek Chauvin, 44, ajoelhou-se no pescoço do homem, detido por supostamente usar uma nota falsa de US$ 20. “Não consigo respirar”, apelou o negro, antes de morrer.

Reportagens iniciais apontaram que Chauvin passou 8min46 ajoelhado sobre Floyd. Promotores do estado de Minnesota disseram depois que o tempo exato foi 7min46, mas não houve qualquer dúvida sobre a motivação de Henry no protesto.

“Fiquei agachado por 8min46, acho que vocês sabem por quê. Foi apenas para fazer uma homenagem e mostrar apoio à causa”, disse o ex-jogador de 42 anos, que trabalha como treinador na MLS, a liga de futebol norte-americana.

Henry usava também uma camiseta com a inscrição “Black lives matter” (“Vidas negras importam”). Ele espera que a luta não fique restrita aos negros e conta com a colaboração de brancos, algo que já tem felizmente observado.

“Pela primeira vez, outras etnias estão envolvidas. Antes, quando por exemplo eu era insultado em campo pela cor da minha pele, gostaria que pessoas de outras etnias do meu time tivessem saído de campo antes de mim. Teria sido poderoso”, afirmou à ESPN norte-americana.

“No fim do jogo, eu não quero que o jornalista faça a pergunta ao negro. Faça a pergunta para todos e veja se eles sentem a nossa dor. Isso vai ter um impacto”, concluiu o treinador.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Esportes:

Jucielen vence bicampeã nos EUA