Super Lua (NASA / Bill Ingalls)

Fabíola Cunha

O Grupo de Estudos Astronômicos de Rio Claro (Gearc) realiza periodicamente observações astronômicas em Rio Claro, visando o ensino sobre a área para o público em geral.

Segundo o presidente Manoel Barbosa, o primeiro grande evento astronômico do ano será o eclipse total da Lua, que coincide com uma Super Lua: “O eclipse será visível em todo o Brasil e não é necessário nenhum equipamento especial, basta estar em um local com visibilidade”, diz. O fenômeno acontece no início da madrugada de segunda-feira (21), com início à 1h33 e término às 4h50 – o auge será visualizado às 3h22.

Barbosa diz que, devido ao horário, o grupo estuda se é viável disponibilizar telescópios para os interessados, levando-se em conta questões de segurança.

Além do eclipse da Lua, o ano de 2019 traz como eventos relevantes para os observadores astronômicos a passagem do cometa Iwamoto dia 11 de fevereiro – que possivelmente poderá ser visto a olho nu. No dia 19 de fevereiro ocorre a chamada Super Lua: “Ela estará 14% maior e 30% mais brilhante que o normal”, explica Barbosa.

Chuva de meteoros

No dia 22 de abril será possível observar a chuva de meteoros Líridas – que são meteoros que “chovem” perto da constelação de Lira. Eles têm uma taxa baixa, com cerca de 10 a 20 por hora, mas com grandes rastros luminosos e muito brilho.

No dia 5 de maio é a vez dos meteoros Eta-Aquárida – que recebem este nome pois seu radiante está localizado na constelação de Aquarius.

Em junho, no dia 10, ocorre a oposição de Júpiter, que é quando o planeta fica do lado oposto ao Sol para um observador terrestre e chega a seu máximo de visibilidade.

No dia 18 de junho, a conjunção de Marte e Mercúrio é o destaque, com grande aproximação dos dois corpos celestes.

Em novembro, um evento raro é destacado pelo presidente do Gearc: “No dia 11 de novembro teremos o trânsito de Mercúrio, um evento bem raro, quando Mercúrio passa em frente ao disco solar”, destaca Barbosa.

Em 2018, Barbosa destaca a passagem do asteroide Oumuamua (mensageiro na língua nativa do Havaí) que esteve a 30 milhões de km da Terra em novembro do ano passado. Avermelhado, ele tem uma rotação diferente: gira no sentido do comprimento e para o lado, o que indica que sofreu uma grande colisão.

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