Ednéia Silva

Ponto de captação do Ribeirão Claro dentro da Floresta Estadual Navarro de Andrade
Ponto de captação do Ribeirão Claro dentro da Floresta Estadual Navarro de Andrade

Os habitantes estão com menos água para gastar. A disponibilidade hídrica nos municípios localizados na região das Bacias PCJ diminuiu ao longo dos anos. O volume caiu de 408 metros cúbicos (m³) em 1996 para 298,79 m³ por habitante/ano durante o período de estiagem no ano passado, uma queda de 36,55%.

O levantamento foi feito pelo professor da PUC-Campinas, Armando Gallo, que também é técnico da Sanasa (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S.A.). Hoje, segundo dados do “Relatório 2015 das Nações Unidas para Desenvolvimento Hídrico”, a região possui 292 m³ por habitante/ano.

O estudo aponta ainda que a redução da disponibilidade hídrica só não foi maior porque houve diminuição no consumo de água. Nas Bacias PCJ a queda no consumo foi de 47% em relação a 1996.

Rio Claro passou bem pela seca do ano passado. O município não enfrentou problemas de abastecimento. Segundo o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto), hoje, a captação dos rios Ribeirão Claro e Corumbataí estão com a vazão dentro do esperado para o período. As estações de tratamento (ETA 1 e 2) estão trabalhando com plena carga e o abastecimento está normal.

O Daae informa que faz monitoramento diário do nível dos rios e pede que a população faça uso racional da água e evite o desperdício. “O uso consciente é fundamental para que o município mantenha a captação em níveis satisfatórios para o tratamento, reservação e distribuição de água tratada para o município”, afirma.

Em Santa Gertrudes houve risco de racionamento por causa da seca. Porém, com as chuvas, a situação melhorou. De acordo com a assessoria de imprensa da Odebrecht, o nível do manancial segue dentro da normalidade. A concessionária informa que a vazão do Córrego Santa Gertrudes está em 210 litros por segundo, 150 litros acima do volume necessário para o abastecimento que é de 60 litros por segundo. Os dados sobre a vazão podem ser acompanhados pela população através do site da campanha Juntos pela Água: www.juntospelaagua.com.br.

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