Folhapress
Em uma década, a população brasileira teve aumento na participação de pessoas autodeclaradas pretas e pardas. Enquanto isso, a proporção de brancos diminuiu, aponta pesquisa divulgada nesta sexta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
O período analisado vai de 2012 a 2021. Nesse intervalo, a participação de pessoas pardas subiu de 45,6% para 47%. Em termos absolutos, o grupo aumentou de 90,2 milhões para 99,9 milhões, o equivalente a uma alta de 10,8%.
A participação de pessoas pretas, por sua vez, avançou de 7,4% para 9,1%. O contingente pulou de 14,6 milhões para 19,3 milhões, um crescimento de 32,4% na década.
Já a parcela de pessoas brancas recuou de 46,3% para 43%. O número absoluto passou de 91,6 milhões para 91,5 milhões, o que o IBGE considera como estabilidade.
Os dados integram a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Características Gerais dos Moradores 2021.
Ao longo da década analisada, a população total cresceu 7,6% no país. Aumentou de 197,7 milhões para 212,7 milhões entre 2012 e 2021. Esse contingente também envolve pessoas que se declaram indígenas e amarelas ou sem declaração.
Segundo o IBGE, a estimativa populacional ainda não incorporou os efeitos da pandemia de Covid-19, que já provocou mais de 670 mil mortes no país desde 2020.
As projeções poderão passar por ajustes após o Censo Demográfico 2022, cujo início da coleta de informações está previsto para 1º de agosto.
O IBGE ainda apontou diferenças regionais no recorte de cor ou raça. Em 2021, a região Nordeste tinha a maior proporção de pessoas autodeclaradas pretas (11,4%), seguida por Sudeste (9,6%) e Centro-Oeste (8,7%).
A população parda apresentava os maiores percentuais no Norte (73,4%), no Nordeste (63,1%) e no Centro-Oeste (55,8%).
O Sul tinha a maior parcela de brasileiros caracterizados como brancos (75,1%), seguido pelo Sudeste (50,7%). O Norte (17,7%), por sua vez, apresentava a menor estimativa.