Diego Gonzales (PSD) foi eleito presidente, Claudino Galego (Progressistas) o relator e Elias Custódio (PSD) o membro

Câmara Municipal faz novo sorteio para Comissão Processante que vai investigar e poderá cassar mandato de Dalberto Christofoletti (PSD)

A Câmara Municipal de Rio Claro realizou na noite dessa quarta-feira (25) um novo sorteio para formar a Comissão Processante que vai investigar se o vereador suspenso Dalberto Christofoletti (PSD) quebrou decoro parlamentar durante as investigações de acusação de corrupção na Secretaria Municipal de Cultura, que chegou a resultar, inclusive na sua prisão em maio. Ele está em liberdade há mais de uma semana após decisão da Justiça.

Esse sorteio ocorreu novamente em razão de um erro ocasionado após orientação da própria Procuradoria Jurídica da Casa de Leis e, com isso, foi necessário refazê-lo. Desta vez, a CP foi parar nas mãos da própria base do prefeito Gustavo Perissinotto (PSD) e de colegas de partido do parlamentar investigado e que foi suspenso das funções no mês passado.

Diego Gonzales (PSD) foi novamente sorteado e será presidente da Comissão Processante. Júlio Lopes e Paulo Guedes, ambos do Progressistas, foram sorteados, mas declinaram. Com isso, Elias Custódio (PSD) também foi sorteado e foi eleito membro. E o terceiro integrante sorteado foi Claudino Galego, do Progressistas, assim como da primeira vez. Ele foi eleito relator, novamente.

No sorteio da semana passada, o terceiro integrante diferente era Moisés Marques, do PL, que dessa vez não foi sorteado. Ele manifestou-se em desagravo ao novo sorteio, alegando contradições nas orientações jurídicas. Os vereadores José Pereira (PSD), presidente da Câmara Municipal, e Hernani Leonhardt (MDB), segundo secretário da Mesa Diretora, alegaram que a necessidade do novo sorteio foi baseado na recomendação da Procuradoria Jurídica da Casa de Leis, apesar do erro causado pelo próprio departamento anteriormente.

PEDIDO DE CASSAÇÃO

O pedido é do vereador Rafael Andreeta (Republicanos), que acusa o ex-secretário municipal de Cultura Dalberto Christofoletti, eleito vereador, de quebra de decoro parlamentar na Câmara Municipal ao interferir na pasta da Cultura, na Prefeitura de Rio Claro, mesmo enquanto vereador – apesar da investigação do Gaeco revelar interferência de Dalberto dentro do departamento. Ele é acusado de desviar quase R$ 815 mil dos cofres públicos do setor. “Temos que dar o exemplo aqui. Cassar o vereador que errou, é simples. Ele continuava, mesmo sendo vereador, frequentando a Secretaria de Cultura, tirando sarro da Prefeitura, do Ministério Público e da Câmara”, alegou Rafael Andreeta, autor do pedido da investigação.

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