PRESENÇA INCÔMODA: moradores de rua tomam conta da Avenida Tancredo Neves

Sidney Navas

A cena está se tornando cada vez mais comum. É usual encontrar os moradores de rua, sozinhos ou em grupos, pedindo dinheiro nos cruzamentos da cidade. Além disso, a presença deles também afeta muitos comerciantes, que agora têm que conviver com esse dilema, sendo que em determinados locais eles utilizam as fachadas das lojas e revendas de automóveis para passar a noite.

Quem convive com isso sofre, principalmente por conta da sujeira deixada para trás no dia seguinte, isso sem contar com o risco de ocorrências, já que muitos dos moradores de rua ingerem bebida alcoólica e inevitavelmente se envolvem em confusões.

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Vanderlei Piccin, gerente de uma concessionária na Avenida Tancredo Neves, sabe há tempos o ‘tamanho dessa dor de cabeça’. A frente da revenda é simplesmente tomada por alguns destes moradores de rua:. “Infelizmente não temos o que fazer. Estamos de mãos atadas com tal situação. Eles até que são pacíficos, mas o grande problema é a sujeira que fica depois”, explica o gerente que afirma ter procurado ajuda das autoridades, mas não teve nenhum resultado prático, haja vista que esses grupos continuam ‘pernoitando’ por lá até hoje.

PRESENÇA INCÔMODA: moradores de rua tomam conta da Avenida Tancredo Neves
PRESENÇA INCÔMODA: moradores de rua tomam conta da Avenida Tancredo Neves

Assim que amanhece, os moradores se dividem e então passam a se concentrar nas avenidas de maior movimento e ficam pedindo dinheiro aos motoristas. Alguns vão até o Terminal Rodoviário para conseguir ‘alguns trocados’ com os passageiros que ficam aguardando o embarque. Vera Saldanha acha essa situação vexatória. “A cada dia que passa, parece aumentar o transtorno”, fala a mulher que confessa se sentir coagida pelos andarilhos toda vez que vai até a rodoviária pegar algum ônibus.

O comandante da GCM, Wlademir Walter, assegura que seus subordinados abordam todas essas pessoas e que quando alguma irregularidade é encontrada elas são levadas até a delegacia. “É uma questão social, mas vale lembrar que alguns deles têm casa e família e estão nessa vida porque querem”, dispara o comandante. Ainda segundo ele, muitos são das cidades da região e se recusam a receber atendimento na Casa Transitória, simplesmente por não aceitarem as regras do local e pensam que lá é um ‘hotel’, e pensam que podem chegar e sair a hora que bem entenderem, mas as coisas não funcionam bem assim.

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