Luta é pela segurança da área, da classe comercial e da população no geral, já que moradores em situação de rua têm causado transtornos

Comerciantes da área central de Rio Claro estão preocupados com a questão da segurança e do alto índice de circulação de pessoas em situação de rua. Muitas vêm praticando delitos e a área da ferrovia tem sido um ‘escape’ facilitador para isso, já que muitas delas utilizam os vagões para se esconder ou esconder produtos furtados/roubados. O uso de drogas também é constante.

Outro ponto que tem chamado a atenção é a questão da ‘esmola’, e para isso os comerciantes buscam pela conscientização: “A população precisa entender que esse não é um caminho de ajuda, e sim de mais problemas. Estamos aqui e vemos a realidade de perto. Outro ponto é a questão das marmitas solidárias. Entendemos a boa vontade de quem entrega, mas a comida tem sido jogada fora por muitos, encontramos na porta dos comércios, a sujeira tem aumentado. Queremos que as instituições, o Desenvolvimento Social e a Rumo trabalhem junto conosco”, pontua Israel Ribas Lopes, que tem comércio na Rua 3 há 28 anos.

Já a comerciante Maria Cecília Rodini toca em outro ponto importante: “Estamos com o Programa Vizinhança Solidária no comércio, que antes existia apenas nos bairros. Precisamos fortalecer isso, multiplicar para fortalecer não apenas a nossa classe, mas também garantir mais segurança aos clientes que nos prestigiam”, declara.

Nessa semana, o capitão PM Arruda, comandante da 1ª Cia do 37º BPM/I, esteve no Jornal da Manhã da Rádio Jovem Pan News e também abordou o assunto: “A Polícia Militar está intensificando o policiamento nas áreas comerciais para garantir que a população faça suas compras com segurança”, disse.

Ele também defendeu a realização de ações integradas para combater os crimes praticados na região central de Rio Claro por pessoas vulneráveis e em situação de rua: “São geralmente dependentes químicos que praticam pequenos furtos com a finalidade de comprar drogas ou bebidas alcoólicas. Apenas a ação das forças de segurança não resolve o problema, que envolve, por exemplo, o abandono de alguns locais, entre eles o leito da antiga ferrovia, onde ficam vagões utilizados muitas vezes como esconderijos”.

O QUE DIZ A PREFEITURA

De acordo com o mais recente levantamento da prefeitura, Rio Claro tem em torno de 110 pessoas em situação de rua, sendo a maioria vinda de outros municípios. “A equipe do Seas tem mantido cronograma fixo de abordagem nos pontos onde há concentração de pessoas em situação de rua. Além disso, será realizada campanha em dezembro, de orientação à população, de como proceder para acionar os serviços de atendimento social. Vale ressaltar que os serviços do Desenvolvimento Social não são coercitivos, e sim de vinculação, por isso se mantêm abordagens constantes na tentativa de levar as pessoas em situação de rua à rede de atendimento. Munícipes que observarem pessoas em situação de rua podem fazer contato diretamente com a Associação Luz do Mundo pelo telefone (19) 9.7130-5502. O serviço funciona 24 horas. Também é possível contatar pelo número (19) 3522-1930 a Secretaria Municipal do Desenvolvimento Social, que faz também busca ativa de pessoas em situação de rua por meio do Serviço Especializado em Abordagem Social (Seas, 9.912-1129, de segunda a sexta-feira das 8 às 22 horas e sábados e domingos das 10 às 22 horas)”, declarou a prefeitura de Rio Claro.

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