O ano de 2021 chega como uma virada de página na vida da pequena, doce e meiga Manuela Simões e de toda a família.

A garotinha rio-clarense, que com apenas três anos já enfrentou uma batalha de gente grande desde o nascimento, está finalmente tendo a oportunidade de vivenciar sensações até então nunca antes possíveis.

Manu foi diagnosticada aos quatro meses com uma doença rara e grave no coração: a Miocardiopatia Dilatada. “Minha filha nasceu de parto normal, sem nenhum tipo de complicação, pesando quase quatro quilos. Durante uma mamada, aos quatro meses, ela começou a vomitar muito e eu então a levei ao pediatra porque desconfiei que algo não estava bem. Ela foi encaminhada para fazer um raio-X e, ao ver o exame, a médica nos deu a notícia que caiu como uma bomba na nossa família. O coração da minha filha estava enorme e ela foi direto para a UTI”, relembra a mãe Pamella Cristina Gizotti.

A bebê ficou internada do dia 6 de setembro até 30 de novembro de 2017. Nesse tempo teve parada cardíaca, uma série de outras complicações e passou por uma traqueostomia que a acompanhou quase até o fim de 2020, quando uma cirurgia de reconstrução da traqueia mudou os rumos desta história.

O procedimento aconteceu no dia 6 de outubro na Unicamp e durou três horas e meia. Depois disso ela passou dois meses com uma espécie de molde, uma prótese plástica para ver como seria a evolução e adaptação. Até que no dia 15 dezembro veio a vitória definida pela mãe nas seguintes palavras: “Foram três anos, um mês e sete dias que parecem uma eternidade para quem tem um filho com traqueostomia. Mesmo assim, durante esse tempo, engoli a minha angústia e vivi pela fé. A caminhada foi árdua e sem a colaboração de amigos e até desconhecidos que compraram minhas rifas para custear o tratamento dela; sem o apoio do Jornal Cidade, que nos abriu espaço para divulgar o caso, nada disso seria possível. Ver minha filha respirando pela boca não tem preço e foi o melhor presente que eu poderia receber no final do ano”, disse emocionada a mãe Pamella, que afirmou que assim que pandemia passar vai realizar o sonho da filha que é conhecer a praia que antes, com a traqueostomia, não era possível.

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