SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS)

Foi um caldeirão que formou a atmosfera cinzenta, translúcida e com cheiro de fumaça que os paulistanos viram ao longo deste sábado (19).

Entraram nessa conta a poluição cotidiana de São Paulo, o fogo pontual que costuma ocorrer nessa época do ano e a fumaça das grandes queimadas que destroem matas país afora, inclusive o Pantanal. Tudo isso foi agravado por um vento fraco, de 1 m/s, incapaz de dispersar toda essa sujeira do ar.

Quem elenca esses fatores é Maria Lúcia Guardani, gerente da Divisão da Qualidade do Ar da Cetesb (companhia ambiental de SP).

Com tudo isso, às 11h, 13 das 17 estações de monitoramento da qualidade do ar na capital paulista diziam que respirávamos um ar ruim ou muito ruim. Essa proporção se mantinha similar na região metropolitana e no interior.

E assim o último sábado do inverno marcou nos termômetros 31°C, com umidade relativa do ar perto dos 30%, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), da Prefeitura de São Paulo. Nessa condições, é recomendável evitar atividades físicas ao ar livre, orientam os especialistas.

A boa notícia é que as condições estão favoráveis para a dispersão desses poluentes. Uma frente fria que passa pelo litoral e se aproxima no decorrer deste domingo (20) muda o tempo e traz chuvas fracas já desde a madrugada.

Essa chuva deve fazer descer a poluição do ar e pode estar mais escura -ainda que seja improvável ver precipitação toda preta, segundo Guardani.

O domingo deve ter temperaturas entre 15°C e 19°C, com umidade relativa do ar acima dos 60%, espera o CGE. Já a segunda-feira terá tempo instável e chuvoso, com sensação de frio.

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