Da Redação

O Cerest (Centro de Referência em Saúde do Trabalhador Regional) de Rio Claro está sem médico há mais de um ano. O órgão tem a função de atender servidores municipais e também trabalhadores formais e informais que apresentam doenças ligadas ao trabalho.

Questionada sobre o problema, a prefeitura confirmou a falta de médico. Segundo a administração municipal, o profissional que atendia no Cerest pediu demissão. Para resolver o problema, a Fundação Municipal de Saúde “estuda a possibilidade de realizar concurso público, uma vez que para a ocupação de vaga há necessidade de requisitos específicos”.

A prefeitura informa que, “enquanto o concurso não é aberto, o trabalho está sendo realizado por médicos da Atenção Básica, uma vez que existe protocolo do Ministério da Saúde para isso”.

O Cerest também é o órgão responsável por registrar os acidentes de trabalho ocorridos no município. A notificação desse tipo de ocorrência é obrigatória desde 2009, quando o prefeito Du Altimari promulgou o Decreto 8.688/09, estabelecendo essa regra. Com isso, o Cerest passou a monitorar esses casos através de informações fornecidas pelas unidades de saúde públicas e privadas que atendem vítimas de acidentes de trabalho.

De 2010 a 2012, as unidades de saúde de Rio Claro registraram 15.279 acidentes de trabalho, sendo 10.652 homens e 4.627 mulheres, segundo levantamento feito pelo Cerest. Os números também mostram que 60% dos acidentes ocorreram no ambiente de trabalho e, em 32% dos casos, no trajeto para o trabalho, com percentuais bem inferiores de notificações para doenças do trabalho (4%) e outras causas (também 4%).

O Cerest atende trabalhadores de Analândia, Araras, Conchal, Cordeirópolis, Corumbataí, Ipeúna, Itirapina, Leme, Limeira, Pirassununga, Santa Cruz da Conceição, Santa Gertrudes e Rio Claro.

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