O cemitério é localizado na Rua 16, 101, Consolação

Laura Tesseti

Com um número de visitantes estimado em 40 mil, o cemitério São João Batista passou por diversos reparos durante a semana que antecedeu o Dia de Finados. Segundo Ricardo Dutra, responsável pelo departamento de administração funerária da prefeitura de Rio Claro, existem no cemitério cerca de 14 mil sepulturas sendo utilizadas.

Sobre a manutenção, o administrador explica que todos estão trabalhando com afinco, “os funcionários estão realizando os serviços de pintura das guias e também varrendo as ruas e avenidas do cemitério, para que tudo esteja em perfeito estado quando a população chegar para a visitação”.

Dutra ainda fala que os quatro portões estarão abertos e que o horário de funcionamento é das 7 às 18 horas. “O trânsito em frente ao cemitério será interrompido, dando maior comodidade aos visitantes. Teremos também ao longo do dia sete missas e um culto de umbanda.”

A missa das 7h30 será realizada pelo padre Jacob Tomazella, a das 9 horas pelo padre Everson Lunardi. Já às 10h30, padre José Alves de Faria é quem celebra a missa. Ao meio-dia, padre Antônio Sagrado Bogaz; às 14 horas, padre Florentino José de Souza e, às 15h30, padre Cândido Aparecido Mariano, da Paróquia Bom Jesus. Encerrando as missas, padre Luiz Souza Lima celebra às 17 horas. Um culto de umbanda da Tenda 7 Cachoeiras acontece das 9 às 12 horas no Cruzeiro. Já as missas, todas acontecerão na Capela.

O cemitério é localizado na Rua 16, 101, Consolação
O cemitério é localizado na Rua 16, 101, Consolação

EMBALAGENS

Dutra fala também sobre os perigos das embalagens plásticas nos vasos de flores que são trazidos pelos visitantes. “Existe uma lei que proíbe a entrada de vasos com plásticos ou pratinhos, é preciso que todos respeitem as regras, pois assim torna-se dificultosa a ação contra os mosquitos da dengue. Não podemos contribuir para que os criadouros apareçam”, explica.

LIMPEZA

Caminhando pelas ruas do Cemitério São João Batista, é fácil perceber a presença de pessoas cuidando de túmulos. Dona Clotilde Eugenia Martins, que não sabe ao certo sua idade, pois parou de contar após os 70 anos, é uma delas. “Não conto mais quantos anos tenho, apenas vivo, é a melhor coisa a se fazer”, fala.

A simpática dona de casa conta que há cinquenta anos limpa túmulos e gosta muito do que faz. “Comecei muito nova, meus filhos eram pequenos e precisava de dinheiro para sustentá-los, foi aí que tudo começou.”

Limpando enquanto conversava com a reportagem do JC, Dona Clotilde fala que sente muito orgulho do que faz e que, desde o dia em que começou, não parou mais. “Criei meus filhos fazendo isso, hoje alguns deles trabalham aqui comigo, fazendo a mesma coisa, a única coisa ruim é o sol quando está muito quente, temos que nos proteger, mas gosto demais do que faço.”

Responsável por limpar mais de 200 túmulos, a dona de casa não foge da batalha e, logo que termina um, já puxa o carrinho e começa a limpeza no próximo.

Junto da dona de casa estavam Pamela Roberta dos Santos, de 17 anos, e Kathleen Cristina Domingues, de 18.

As jovens contam que começaram a trabalhar com Dona Clotilde depois que a tia, que fazia o serviço, sofreu um acidente e não pôde mais ir. “Viemos no lugar dela e gostamos muito de trabalhar aqui, aprendemos e damos valor ao trabalho que nos é ensinado.” O cemitério é localizado na Rua 16, 101, Consolação.

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