Moradores receberam correspondências para supostamente regularizar imóveis, porém trata-se de golpe. Boletim de ocorrência deve ser registrado

Uma ação de golpistas tem deixado moradores do Jardim Guanabara em alerta. Trata-se de uma correspondência enviada a centenas de moradores para que possam supostamente regularizar o imóvel junto à Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e evitar uma suposta reintegração de posse pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP). O órgão do Governo Estadual, no entanto, afirmou à reportagem do Jornal Cidade que se trata de uma tentativa de estelionato.

O JC obteve acesso a uma das cartas recebidas pelos moradores. No conteúdo, informa-se que uma suposta parceria entre a CDHU, TJ-SP e o escritório de advocacia Silva Nunes oferece condições especiais com até 60% de desconto para se fazer a falsa regularização do imóvel. Um e-mail é disponibilizado aos moradores, assim como um telefone com o DDD 18, região de Presidente Prudente. A reportagem ligou para o número, mas não conseguiu contato.

Em solicitação à CDHU, a empresa vinculada à Secretaria de Estado da Habitação reiterou que se trata de um golpe. “As cartas usam nomes de escritórios de advocacia, existentes ou não, e, inclusive, de credenciados pela CDHU. O objetivo é ludibriar o mutuário, dando a falsa impressão de se tratar de correspondência oficial da companhia”, informa, citando que há casos de até mesmo boletos bancários serem enviados aos moradores.

A orientação da CDHU para o mutuário é desconsiderar essas cartas e registrar um boletim de ocorrência na Delegacia de Polícia (presencialmente ou pela internet) por estelionato ou tentativa de estelionato. O mutuário também é orientado a denunciar seu recebimento para a companhia por meio de seus canais oficiais: o site www.cdhu.sp.gov.br (acessar o menu no lado esquerdo, clicar em Contato e Localização e depois em Ouvidoria/Denúncias); pelo Alô CDHU 0800 000 2348 ou pelo e-mail [email protected] e anexar, cartas, boletos recebidos, print de conversas e o BO, independentemente de ter sido efetuado ou não um pagamento.

O escritório Silva Nunes, citado na correspondência dos golpistas, emitiu nota informando que não representa, não negocia e não mantém nenhum tipo de convênio com a CDHU e com o TJ-SP. “O nome do escritório infelizmente está sendo usado de forma criminosa por estelionatários para aplicação de golpes em mutuários da CDHU. Esclarecemos que, atendendo ao Código de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), não enviamos correspondência oferecendo serviços ou promoções. Nossa comunicação com os clientes se dá por meio de papel timbrado e assinado por nossos advogados”, comunica.

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