Mais de 12 milhões de brasileiros atualmente convivem com a diabetes. Por consequência, eles não deixam de ouvir falar e de literalmente sentir na pele a injeção de insulina. Companheira inseparável de quem possui diabetes tipo 1, mas cada vez mais comum na vida dos diabéticos tipo 2, é um fardo doloroso que todos os pacientes têm que carregar.

Segundo uma pesquisa do site Saúde LAB, os avanços na medicina, contudo, têm tentado trazer a todos os diabéticos uma vida mais próxima do normal. Estão surgindo no mercado uma nova geração de insulinas, que vêm em uma caneta moderna e que promete menos complicações aos diabéticos.

Isso porque, de acordo com especialistas, esse novo tratamento disponível no Brasil promete reduzir a quantidade de picadas que os pacientes têm de levar diariamente. A insulina moderna vem agora em uma caneta, associada a outras medicações. Destinadas aos diabéticos tipo 2, picarão seu dedo apenas uma vez por dia. Rápido, prático e quase indolor.

Novos tratamentos para diabetes: mais segurança e praticidade

Essas canetas mágicas de insulina vêm causando furor e provocando grande interesse entre os pacientes com diabetes tipo 2. Basta uma picada durante a manhã para que a quantidade de açúcar em seu sangue fique controlada durante todo o resto do dia.

Isso ocorre após anos de pesquisas com grande rigor científico, que buscam trazer maior conforto às vidas dos diabéticos. Na esteira desses estudos, duas empresas desenvolveram novas formas de usar a injeção.

Tanto a Sanofi quanto a Novo Nordisk prometem uma vida mais segura aos diabéticos. Todos sabem que conforme a idade e a doença avançam, aumenta quantidade de injeções que precisam ser dadas. Isso leva muitas vezes a um descontrole por parte do paciente e dos seus familiares e cuidadores.

Além de eliminar as preocupações frequentes com o controle das dosagens de insulina, essas canetas especiais eliminam outro problema: a hipoglicemia. O descontrole na aplicação da injeção pode levar a um quadro de baixa glicose no sangue. Isso causa rapidamente desmaios e convulsões graves.

Como funcionam as novas insulinas?

A ideia das empresas Novo Nordisk e Sanofi foi desenvolver um produto que otimizasse o tratamento contra diabetes. Além da insulina, há outra substância naturalmente produzida pelo corpo que está presente na caneta. É, na verdade, uma molécula, um hormônio de nome GLP-1.

O GLP-1 é fabricado no instestino. Sua função primordial é justamente estimular que haja a secreção da insulina. Cabe dizer que há medicamentos que contém esse hormônio em sua composição como princípio ativo. O que ele faz, de forma mais explicativa, é atuar na aceleração da absorsão da insulina.

Sem ele, os diabéticos precisa repor as doses de insulina várias vezes por dia. Isso porque ela dura 24 horas no organismo, contudo depois de um tempo deixar de controlar os picos mais agressivos de glicose.

A ideia de unir insulina e GLP-1 é ter o melhor dos dois elementos. Os pacientes continuam protegidos por 24 horas, contudo têm um hormônio que faz a regulação inteligente e constante dos níveis de açúcar no sangue.

Assim que essa nova injeção é aplicada no organismo, a insulina irá buscar a glicose que está em todo o corpo. Ao mesmo tempo, o GLP-1 irá modular no pâncreas a produção de insulina, assim como a secreção de outro elemento, o glucagon. Dessa forma, evita-se a necessidade de várias aplicações da injeção ao longo do dia.

Possibilidades para o futuro

Os avanços da medicina apontam para um futuro em que todos os diabéticos poderão ter uma vida fisiologicamente equilibrada. Pelo menos é o que estudos desenvolvidos na Universidade Federal do Rio de Janeiro, a UFRJ, têm mostrado à comunidade médica.

Um novo medicamento para diabetes está sendo desenvolvido em laboratório, com previsão de chegada ao mercado em três a quatro anos. Ele foi batizado de BZO43 e tem um princípio bastante semelhante às canetas de insulina desenvolvidas pela Novo Nordisk e a Sanofi.

O diferencial aqui, de acordo com os professores envolvidos no projeto, é que a insulina ganha como parceira a amilina. A primeira sozinha não garante aos diabéticos uma vida normal, visto que precisa ser reposta no organismo constantemente.

A segunda, por sua vez, é uma parceira da insulina. Ela ajudará os pacientes com diabetes a não precisarem de várias injeções por dia. É uma forma de evitar o ganho de peso desnecessário, além de eliminar situações de hipoglicemia.

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