Há mais de um mês a rio-clarense Marina Buttros tenta resolver uma questão que tem tirado seu sono e dificultado seus dias. Portadora do Mal de Parkinson há 12 anos, descobriu no remédio Canabidiol um respiro para vários sintomas: “Em 2021 além de todos os sintomas que eu possuía passei a ter crises de tensão muscular aguda. Para vocês entenderem é muito pior que uma cãibra forte e acontece em todos os músculos do corpo, ao mesmo tempo, e por horas sem intervalo. Em novembro passei a fazer uso do Canabidiol, hoje popularmente conhecido como ‘Remédio da Maconha’. Meus sintomas praticamente desapareceram e como por um milagre eu voltei a ter minha vida de volta”.

Aquilo que havia chegado como uma solução parcial para a doença passou a se tornar um pesadelo no mês de abril deste ano.

“No começo de abril meu remédio terminou e por intermédio da minha médica entrei em contato com a empresa Tegra Pharma, empresa esta com a permissão da ANVISA para fazer a importação deste remédio e da qual eu tive toda a assistência na hora da venda. Após providenciar todos os pré-requisitos exigidos pela ANVISA, no dia 13 efetuei o pagamento no valor de R$ 2.677,78 e, no mesmo dia, a empresa fez o pedido da importação”, conta Marina, que tinha a expectativa de em poucos dias estar com o medicamento em mãos, porém não foi o que aconteceu.

Depois de sair da Eslovênia e passar por países como Itália, Alemanha e Espanha, o pedido de Marina deu entrada na Alfândega São Paulo North – Brazil no dia 21 de abril, de acordo com o relatório liberado pela DHL, empresa responsável pelo rastreamento e entrega.

“Quando fiquei sabendo que chegou fiquei tranquila. Pura ilusão, porque até hoje eu não recebi o medicamento. Mais de um mês e nada de liberarem. Nenhuma explicação eu recebi por essa barbaridade que está acontecendo”, alega Marina.

Como resultado deste atraso em não fazer o uso do Canabidiol, Marina voltou a ter crises e praticamente não dorme. Sente dores e não caminha com facilidade.

“Uma irresponsabilidade da alfândega e uma falta de sensibilidade com os pacientes que dependem do medicamento. Já entrei em contato também com a Tegra Pharma que me vendeu e para a minha surpresa o atendimento na hora da venda não é o mesmo na hora da reclamação. Falaram que é normal. O que mais me choca é que no caso estamos falando de uma empresa farmacêutica que deveria ter no mínimo consideração pelo seu cliente. O que mais dói é saber quantas outras pessoas estão passando pelo mesmo problema. Basta. Temos que denunciar”, finalizou Marina.

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