Wagner Gonçalves

Com a crise hídrica que assola o país, os incêndios e queimadas agravam a situação (Imagem: Arquivo)
Com a crise hídrica que assola o país, os incêndios e queimadas agravam a situação (Imagem: Arquivo)

Com a onda de queimadas e incêndios sendo registrados em diversas regiões do país e com a atual crise hídrica que assolam os municípios, uma das grandes preocupações é quanto ao montante utilizado para conter os focos com fogo.  De acordo com a Defesa Civil, a quantidade em cada um dos casos, pode ser comparada ao volume de uma caixa d’água.

Em Rio Claro, desde o início do ano até a data de publicação desta matéria, conforme informou o diretor do departamento da Defesa Civil, Danilo de Almeida Kuroishi, o número de incêndios atendidos pelo órgão alcançou a marca dos 108 casos. Em dados mais recentes, em agosto foram registrados 27 ocorrências, em setembro 17 e neste mês, até o momento, 6 focos.

Um dos grandes focos é a Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena), o que dificulta o trabalho, por ser em mata fechada e não ser possível dispor de caminhões para apagar os incêndios. Nestes casos, as alternativas são os abafadores e as bombas costais, que armazenam cerca de 20 litros de água. “Dependendo da origem e do local do incêndio chegamos a utilizar de 10 a 20 bombas”, destacou.

Há situações em que são necessários volumes bem acima a dos comentados, mas muitas das ocorrências demandam volume superior a 1000 litros, o equivalente ao contido em caixas d’água, presentes nas residências. “Com a falta de chuva isso se agrava”, destacou.

Ele informa que, dos últimos 5 anos, 2014 teve a pior marca na quantidade de precipitação. “Até agora não registramos nada de chuva”, alertou Kuroishi. No ano passado, o volume foi de 133 mm, enquanto que em 2012 era menor, com 98 mm. Em 2011, o município registrou a marca mais alta com 240 mm, contra os 83 mm, de 2010. A previsão é de que no próximo domingo haja pancadas de chuva, retirando o preocupante índice zerado, neste mês.

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