No último final de semana a buzina emitida pelos trens de carga voltaram a incomodar moradores da região central de Rio Claro, mais especificamente na madrugada de sexta para sábado e de sábado para domingo.

Incomodado com a situação, Omar José de Campos Verde Sobrinho, que reside no Centro de Rio Claro, conversou com o JC e pontuou algumas atitudes, que para ele, podem ajudar a solucionar a situação que há anos incomoda moradores da Cidade Azul.

“No último final de semana o barulho da buzina está intenso demais. Cheguei até ir a linha para ver se realmente tem necessidade dessa intensidade. E acredito haver outros meios para solucionar o problema sem a necessidade de acioná-la com tanta frequência e principalmente nas madrugadas”, aponta o morador.

Omar cita quatro pontos onde existe a passagem de pedestres na cidade, na Rua 1, na Antiga Estação Ferroviária, próximo ao shopping e na região do Memorial Cidade Jardim, antigo Cemitério Parque das Palmeiras.

“Acredito que se fossem instaladas cancelas ou se até mesmo fossem colocados funcionários e viaturas da Guarda Civil Municipal para colaborar com a fiscalização do trânsito de pessoas, a situação da buzina poderia ser minimizada. Esse método utilizado pela empresa responsável pelo trem é do século 19, não tem motivo para isso, a onda sonora reverbera e acaba atingindo toda população. Isso já aconteceu outras vezes, da intensidade aumentar e não podemos mais conviver com isso”, fala Omar Campos Verde.

Questionada, a concessionária RUMO, responsável pelo serviço no município, informou que que suas operações seguem todas as normas de segurança vigentes e que procuram causar o menor impacto possível à população. As atividades da empresa são reguladas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), pois trata-se de uma concessão federal que segue normas estabelecidas pela União, dentre as quais está a obrigatoriedade do acionamento da buzina. A Companhia reforça que o dispositivo sonoro, usado por ferrovias do mundo inteiro, é um item indispensável para a segurança de todos, incluindo o maquinista, os veículos e as pessoas que estão próximas à linha. A intensidade da buzina atende as orientações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que deve ser no mínimo de 96 dB, e no máximo de 110 dB. Além disso, os maquinistas são periodicamente treinados para seguir corretamente seu procedimento de acionamento.

 A respeito da instalação de cancelas em passagens em nível (PN), a empresa esclarece que o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), art, 21, estabelece que as manutenções nos cruzamentos rodoferroviários e a sinalização para motoristas e pedestres compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos municípios e dos estados.

Foi feito contato também com a prefeitura de Rio Claro, que até o momento não respondeu os questionamentos da reportagem.

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