Espaço é alvo constante de vandalismo, como pichações. Ao invés de cultura, lixo e garrafas de bebi alcoólica estão espalhadas pelo local

Adriel Arvolea

Espaço é alvo constante de vandalismo, como pichações. Ao invés de cultura, lixo e garrafas de bebi alcoólica estão espalhadas pelo local
Espaço é alvo constante de vandalismo, como pichações. Ao invés de cultura, lixo e garrafas de bebi alcoólica estão espalhadas pelo local

Um bem público reservado às ações culturais completamente pichado. Ao invés de manifestações artísticas, lixo e garrafas de bebida alcoólica estão espalhados no espaço. Trata-se do Bosque do Paiquerê, localizado ao lado da antiga entrada da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade, criado pela prefeitura em 27 de dezembro de 2012.

Com área verde ao redor, o local tem ao centro uma pequena arquibancada de concreto, no formato de um teatro de arena ao ar livre. A placa inaugural do Paiquerê traz a mensagem: “A visão do paraíso dos índios tupi-guaranis, que habitavam essa região e enterravam seus mortos em igaçabas às margens do atual Ribeirão Claro; a terra da felicidade, onde viveriam eternamente com seus ancestrais em festas e com comida em abundância”.

Hoje, a ‘terra da felicidade’ já não condiz com o texto de introdução. Para a moradora Paula Camargo, o espaço tem afastado frequentadores ao invés de inseri-los num contexto cultural. “A ideia do Bosque não se discute. Na minha opinião, acredito que faltem ações efetivas que o promovam e divulguem a cultura popular. Se o espaço fica ocioso, certamente só vai atrair pessoas ociosas. É preciso mais envolvimento da comunidade para preservá-lo”, comenta a moradora.

Por sua vez, a prefeitura informa que realizou novamente serviços de pintura no local, na última semana. “O bosque, também, recebe desde sua inauguração plantio de árvores, o que é frequente, contribuindo para deixar o espaço mais agradável”, afirma em nota. Sobre a realização de ações culturais, a programação de 2015 prevê uma série de atividades no Bosque do Paiquerê, entre elas recitais de música e poesia, eventos que estão sendo planejados em parceria com a Associação Amigos do Horto.

“Desde a inauguração daquele espaço, o Dia do Índio é comemorado lá, uma vez que o bosque lembra a presença de indígenas naquela região. Em 2014, o local recebeu atividades da Virada Cultural de Rio Claro. Vale ressaltar que o espaço é público e, portanto, está à disposição da comunidade, mesmo nos dias e horários nos quais não há programação oficial”, esclarece em nota.

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