Solange Mascherpe, do Centro Zoonoses de Rio Claro

Ednéia Silva

Solange Mascherpe, do Centro Zoonoses de Rio Claro
Solange Mascherpe, do Centro Zoonoses de Rio Claro

A morte do menino José Lucas da Silva, de 4 anos, picado por um escorpião na cidade de Ibirá (SP) no último dia 3, acendeu o alerta sobre os perigos desses animais para a população. O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rio Claro alerta sobre a necessidade de manter os quintais limpos e fazer o descarte correto do lixo para evitar a proliferação de escorpiões, caramujos e outros animais.

O alerta foi feito por Solange Mascherpe, do Departamento de Informação, Educação e Comunicação do Centro do CCZ no programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan News dessa segunda-feira (9). De acordo com ela, em Rio Claro são encontrados três tipos de escorpião: o amarelo, mais perigoso, o marrom e o pequeno bothriurus.

Solange comenta que os animais aparecem principalmente onde tem acúmulo de lixo. “As pessoas jogam lixo na rua e isso atrai os escorpiões que vão comer os insetos”, explica Solange. Além disso, na primavera os insetos saem para namorar ou são “expulsos” dos esconderijos que enchem de água da chuva, período de caça para os escorpiões. Outra dica é não acumular restos de material de construção no quintal. Tijolos encostados na parede ou no muro servem como esconderijo para os escorpiões. Solange também alerta para a necessidade de verificar sapatos, roupas e toalhas que ficam penduradas, antes de usá-los.

Ela conta que os animais são encontrados em todos os bairros do município. No Santa Eliza, o CCZ usou carro de som para orientar os moradores, mesmo assim o problema de descarte incorreto do lixo continua. Ela lembra que a cidade tem vários serviços disponíveis como coleta de lixo, coleta seletiva e cata bagulho.

Em caso de picada de escorpião, a pessoa deve ficar calma e evitar esforço físico para não aumentar a circulação sanguínea, porque isso facilita a deslocamento do veneno pelo corpo. A vítima deve ser levada imediatamente ao médico. O soro é gratuito e está disponível no PSMI.

Solange também falou sobre os caramujos, considerados uma das 100 piores pragas urbanas pela OMS. O CCZ recomenda que seja feita a catação manual por meio de armadilha usando madeira ou pano embebido em cerveja. Depois é só catar com mãos protegidas com luvas ou sacolas plásticas, colocá-los em sacos plásticos e amarrar. Eles morrem em 24 horas. Depois é só descartar. Os postos de saúde têm ponto de coleta.

Para ouvir a entrevista na íntegra basta clicar no player abaixo.

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