Lucas Calore

Bastou um temporal acompanhado de granizo atingir Rio Claro, como o que aconteceu na noite de quarta-feira (1º), para que os consumidores ficassem no prejuízo. Com carros e residências danificados, o comércio especializado teve filas e mais filas de clientes ao longo da quinta e sexta-feira desta semana para realizar os consertos necessários.

Inflação?

Nas redes sociais, o assunto tomou conta. Donos de carros e outras pessoas que tiveram que comprar materiais de construção civil, como telhas, madeira e vidros, se queixaram da “inflação” que de um dia para o outro surgiu no comércio rio-clarense.

Um homem fez uma publicação dizendo que, “enquanto em Rio Claro o preço dos para-brisas dispara, em Araras está pela metade do preço. O meu ficaria R$ 400,00, na cidade vizinha paguei R$ 260,00. E não tem fila!”, contou.

A jovem Carol Mortari se queixou também. “Vergonha alheia! Isso define meu sentimento. Comerciantes sem escrúpulos superfaturando produtos para se aproveitar da desgraça de tantos. Telhas de R$ 25,00 foram para R$ 100,00. Para-brisas de R$ 300,00 para R$ 500,00, ‘martelinho de ouro’ por R$ 100,00 cada buraco. Sem palavras. Antes o problema do Brasil fosse somente os políticos!”, desabafou.

Segundo o que disse para a reportagem, a loja ainda se comprometeu a entregar os produtos comprados num dia, porém não o fez.

Denúncias

José Pires Pimentel de Oliveira Neto, superintendente do Procon Rio Claro, diz que a oferta e a procura mantêm a relação entre os valores, porém, com o abuso, pode ser aberto um processo contra os estabelecimentos. “No mundo capitalista infelizmente é uma realidade. Mas o consumidor deve fazer uma denúncia ao Procon para que, se comprovado, os comerciantes sejam multados por abuso do poder econômico”, garante.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.