O professor e doutor José Luiz Riani Costa coordena programa oferecido a pacientes com Alzheimer na Unesp Rio Claro

Ednéia Silva

Infelizmente Rio Claro registrou dois casos de morte de idosos com a doença de Alzheimer que se perderam. Manoel Aristides da Silva morreu nesta semana e Jorge Bento Soares no final do ano passado. Os dois casos servem de alerta para discutir o que pode ser feito para evitar problemas similares com idosos que sofrem de Alzheimer e outros tipos de demência.

O professor e doutor José Luiz Riani Costa coordena programa oferecido a pacientes com Alzheimer na Unesp Rio Claro
O professor e doutor José Luiz Riani Costa coordena programa oferecido a pacientes com Alzheimer na Unesp Rio Claro

O assunto foi discutido no programa Jornal da Manhã da Rádio Excelsior Jovem Pan nessa quinta-feira (3) pelo Prof. Dr. José Luiz Riani Costa, coordenador do Programa de Cinesioterapia Funcional e Cognitiva para Idosos com Doença de Alzheimer (PRO-CDA), vinculado ao Departamento de Educação Física da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de RC.

Segundo Riani, tem crescido o número de casos de idosos perdidos, fenômeno chamado de desorientação urbana. O fato pode ser causado por Alzheimer e outras doenças. Ele explica que o idoso desidratado também apresenta comportamento similar à demência, como desorientação e perda de memória.

O professor afirma que prender o idoso dentro de casa não é a solução. Segundo ele, a perambulação, ou seja, a necessidade de caminhar é um dos comportamentos característicos da doença de Alzheimer. Além disso, o idoso precisa fazer atividade física e ter convívio social para contribuir para a prevenção e o tratamento da doença.

Ele comenta que algumas medidas de proteção podem ser tomadas. Primeiro a família deve conversar abertamente com o idoso e informá-lo de que ele é portador de Alzheimer. Dessa forma, ele poderá pedir ajuda se for necessário. A sociedade precisa resgatar o espírito de comunidade e oferecer ajuda em situações desse tipo. Outra alternativa seria utilizar rastreadores, pulseiras e aparelhos similares. Se não tiver acesso a essa tecnologia, um cartão de identificação com nome, endereço e telefone pode ajudar.

Riani comenta que talvez o poder público possa fazer um trabalho com guardas municipais, policiais e profissionais do trânsito para treiná-los a agir nesses casos. O professor observa que, com o passe gratuito, muitos idosos com demência conseguem circular de ônibus dentro da cidade e também para outros municípios.

Para Riani, o problema existe e precisa ser discutido pela sociedade e poder público para se criarem políticas em prol dos idosos que adquirem doenças na velhice e cujas famílias precisam trabalhar. A Unesp oferece atendimento para idosos com Alzheimer e também para as famílias e cuidadores por meio do Laboratório de Atividade Física e Envelhecimento vinculado ao Departamento de Educação Física. O telefone é (19) 3526-4312.

O áudio completo com a entrevista pode ser conferido no player abaixo. Clique para ouvir!

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