Na última quarta-feira (19), o Jornal Cidade trouxe uma reportagem com o motorista de aplicativo de Rio Claro Danglares Augusto Almeida, que se defendeu de acusações após prestar o serviço de corrida para uma jovem. Na oportunidade, o profissional disse que as notícias divulgadas eram mentira e que ele apenas havia realizado o seu trabalho seguindo o GPS do carro que o levou para pista e que em nenhum momento usou de má-fé contra a passageira.

Diante das declarações, o advogado Edmundo Dias Canavezzi, que defende os interesses da jovem, se manifestou e recebeu a reportagem do JC para falar sobre o caso e foi enfático: “Ela é a vítima, não ele”. Confira as declarações:

A corrida

“O caminho mais perto não era pela rodovia, se era o mais rápido isso eu nem discuto. O problema é que quando ela entra no carro ele diz que está vendo ‘bolinhas’. Ela já acha estranho, mas não se manifesta. Quando ele pega a rodovia, ela o questiona e ele, ao invés de dizer que era o GPS ou o caminho mais rápido, vira e diz o que ela faria se fosse sequestrada, que pegar carona com estranhos é perigoso. Ela se apavora e por pouco não abre a porta e se joga do carro em movimento, temendo o pior. Daí eu pergunto: nos dias de hoje, com tanta violência, isso é brincadeira que se faça ou atitude que se tenha?”

Ações

“Formalizei uma denúncia na Uber com o objetivo de que ele seja banido. Na medida em que a inadequação da conduta dele também pode configurar ilícito penal, foi feito também um boletim de ocorrência na Delegacia da Mulher. Além do âmbito administrativo e criminal, ele poderá ser demandado na esfera cível a indenizar minha cliente por danos morais”.

Uber

“Ninguém está falando da profissão em si, da Uber ou da categoria. Tanto é que a minha cliente vai continuar usando os serviços, porém nunca mais com este motorista em específico pela conduta que ele adotou. A meu ver, ele cometeu um crime de ameaça”.

Viralizou

“Se existe um responsável pela viralização do caso e divulgação é o motorista. A mãe da minha cliente como uma boa mãe enviou uma mensagem de alerta para um grupo de amigas e alguém passou para frente, mas não em rede social. Quem foi para as redes sociais foi o motorista que, em seus inúmeros perfis que criou no Facebook e Instagram, fez questão de fazer publicações e lives”.

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