Prefeitura de Rio Claro confirma que a cidade tem registrado aumento quanto aos casos de pessoas que acumulam lixo em suas residências. Ações do gênero podem ser danosas à própria pessoa e à vizinhança

Murillo Pompermayer

Prefeitura de Rio Claro confirma que a cidade tem registrado aumento quanto aos casos de pessoas que acumulam lixo em suas residências. Ações do gênero podem ser danosas à própria pessoa e à vizinhança
Prefeitura de Rio Claro confirma que a cidade tem registrado aumento quanto aos casos de pessoas que acumulam lixo em suas residências. Ações do gênero podem ser danosas à própria pessoa e à vizinhança

O número de pessoas que acumulam lixo e entulho em suas casas vem aumentando em Rio Claro. Dias atrás, um caso foi registrado numa residência localizada no Cervezão. Na oportunidade, duas toneladas de lixo foram encaminhadas para o aterro sanitário.

A administração municipal confirma este aumento. Por intermédio de nota, diz que algumas razões podem ser consideradas, no caso, a própria reciclagem de lixo, que permitiu obtenção de renda, ou condições psicológicas e mentais que exigem um acompanhamento minucioso.

TRANSTORNOS

O conteúdo encaminhado pela assessoria de imprensa da prefeitura assevera que a saúde pública é uma das prioridades para a qualidade de vida da população. Conforme garante, os acumuladores trazem riscos enormes para eles e para seus vizinhos, devido à falta de higiene, criadouros de insetos nocivos, e outras situações.

LEI

A nota afirma que o município conta com amparo judicial, por intermédio de liminar, e com a Lei nº 4.909, de novembro de 2015, que estabelece multa para quem negligenciar a saúde pública gerando criadouros de dengue. “Convém salientar que prerrogativas constitucionais não autorizam a ação de agentes em algumas situações sem o devido auxílio da Justiça”, frisa.

AÇÕES

De acordo com o Poder Executivo, o Departamento de Resíduos Sólidos da Sepladema, junto com outras secretarias, realizou neste ano seis incursões de limpeza em residências de acumuladores e quatro em terrenos com acúmulo de resíduos inservíveis. “Também foram retiradas mais de 20 toneladas de resíduos e encaminhadas ao aterro sanitário”, garante a nota. Quanto a denúncias, devem ser formalizadas por meio do Serviço 156.

AVAL MÉDICO

A psicóloga Lúcia Helena Hebling Almeida, professora-doutora e professora convidada da Unicamp, explica que o acumulador compulsivo se sente incapaz de se desfazer de coisas. “Em função desta situação, tem uma tendência de se isolar e, muitas vezes, sente vergonha desta condição, mas não consegue impedi-la”, exemplifica a profissional. Lúcia Helena diz que, por padecer deste transtorno, há consequente sofrimento psicológico e uma incapacidade real de selecionar o que deve ou não ser descartado.

AJUDA DEVIDA

Lúcia Helena Hebling Almeida orienta a procurar um psiquiatra para a obtenção de medicação que melhora o quadro, além do apoio em psicoterapia com psicólogo, pois são fundamentais, visto que acumulação não tem apenas a ver com o juntar coisas, juntar lixo.

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