Voluntária ao lado de Dona Ambrosia, 96 anos de idade, que está no abrigo há 16 anos

Carine Corrêa

Dia 28 de agosto é a data em que é comemorado o Dia do Voluntário. O Abrigo da Velhice Săo Vicente de Paulo, de Rio Claro, prestigia os voluntários que contribuem direta e indiretamente para o trabalho de atendimento aos 96 moradores do asilo.

Semanalmente, às quintas-feiras, as amigas Eliane Spricigo Lopes e Silvia Vitti vão ao abrigo para colaborar como voluntárias no setor da Farmácia. No setor, elas fazem a triagem dos remédios que serão repassados aos moradores do asilo. “Há algum tempo minha mãe, que já é falecida, precisou do abrigo. Conhecendo o trabalho que é feito aqui no asilo, me interessei para retribuir de alguma forma todo o cuidado que ela recebeu”, detalha Silvia.

Voluntária ao lado de Dona Ambrosia, 96 anos de idade, que está no abrigo há 16 anos
Voluntária ao lado de Dona Ambrosia, 96 anos de idade, que está no abrigo há 16 anos

Eliane conta que recebeu o convite de Silvia para trabalhar como voluntária inicialmente na Rede de Combate ao Câncer. Posteriormente, veio o convite para colaborar no asilo. “Sofri muito com a perda da minha mãe pelo câncer. Não me conformava com sua morte e chorava muito. Depois que comecei a trabalhar como voluntária, meu coração encontrou mais tranquilidade”, ressalta Eliane.

Além de Eliane e Silvia, com muita simpatia e amor pela vida Nivaldo Rovari, de 84 anos, colabora com o trabalho altruísta no asilo duas vezes por semana: às terças e sextas-feiras. “Perdi minha esposa no ano passado. Fiquei muito abalado com a sua morte. Minha neta é farmacêutica do abrigo e me fez o convite para ajudar no programa de voluntariado”, diz Seu Nivaldo.

Padre Ewerson Lunardi atua como diretor do Abrigo da Velhice Săo Vicente de Paulo há cerca de dois anos. Ele ressalta a importância dos voluntários para a manutenção do asilo. “Funciona como um círculo: o que gosta acaba convidando o outro para trabalhar. Nossa existência é possível apenas pelas doações e pelos trabalhos desses voluntários”, destacou.

Valéria Prado Lementy morava na capital. Da vida agitada para o interior, hoje ela dedica um dia da semana para conversar com moradores que não recebem visita. “Sempre quis me dedicar aos idosos”, diz. Fátima Benite, que há 15 anos faz as unhas das velhinhas vaidosas do asilo São Vicente.

Os moradores do asilo contam com voluntários que despendem parte do seu tempo para contribuir em diferentes atividades. De segunda-feira há um grupo que trabalha na parte da costura e no período da tarde as velhinhas recebem mãos que tratam da beleza. No mesmo dia há ainda um grupo que vai ao abrigo rezar o terço e servir um café.

Toda quinta-feira, voluntários de uma igreja evangélica servem iogurte para os moradores do abrigo. Na sexta-feira é a vez dos idosos receberem os cuidados de um barbeiro. Aos domingos, um grupo promove o bailinho da terceira idade. Também aos domingos, um grupo de voluntários leva lanche aos idosos.

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