Carine Corrêa
O aparecimento de um jacaré morto às margens do lago da Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (Feena) pode estar ligado à ação de caça, segundo informação da Fundação Florestal (FF), responsável pela gestão da unidade de uso sustentável. “A causa da morte desse animal é desconhecida, pelas informações obtidas junto à Policia Ambiental, que atendeu a ocorrência. É possível que tenha decorrido de uma ação de caça”, detalha a FF.
Uma foto do corpo do animal chegou às redes sociais. Nelas, o internauta Thiago Grão descrevia que caminhava por uma das trilhas da floresta, quando se deparou com o animal abatido. “A falta de chuvas fazendo vítimas também no nosso Horto Florestal. Hoje fazendo a trilha dos 9 km, me deparei com esse jacaré morto em uma pequena lagoa que está quase seca”, publicou.
Questionada quanto à situação do nível de água do lago, a Fundação Florestal reforçou que há água suficiente para atender a população de animais que habitam o lago e que esta não foi a causa da morte. “Esses animais utilizam a água para manutenção da temperatura corporal e para a sua alimentação. Foi tomada ciência pela gestão da Unidade, que solicitou a presença do Policiamento Ambiental para registro da ocorrência”, explicou.
Espécie
Embora algumas pessoas acreditem que os jacarés são originários do lago, a Fundação Florestal relembra que esses animais foram introduzidos na floresta. Trata-se de uma única espécie conhecida popularmente como “Jacaré do Papo Amarelo” ou Caiman Latirostris. A Fundação ainda informou que não há um levantamento sobre o o número de indivíduos nessa população. “Segundo o que foi levantado, esses animais foram introduzidos por pessoas que capturaram filhotes e, com o crescimento, decidiram soltá-los em áreas naturais”, acrescentou.
Revitalização
No ano passado, o lago da Feena passou por uma revitalização, ligada principalmente ao seu processo de desassoreamento do lago e reforma da Casa da Bomba. “O processo de intervenção no lago ocorreu devido ao processo natural de assoreamento que vinha ocorrendo ao longo do tempo. Uma vez assoreado, um lago pode perder suas funções de ecossistema, seja na manutenção de sua biodiversidade ou na própria qualidade da água”, completa a nota da Fundação.
O trabalho de desassoreamento foi realizado por meio de contratação de empresa especializada neste tipo de trabalho e devidamente autorizado pelos órgãos competentes Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e CETESB – (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Na época, foi utilizada, entre outros equipamentos, retroescavadeira para a retirada do sedimento.
Alerta
A Fundação Florestal – entidade ligada à Secretaria Estadual de Meio Ambiente – faz um alerta e orienta a população, por meio de várias atividades, incluindo a educação ambiental, para que não alimente os animais que habitam aquela unidade florestal.