Adriel Arvolea

cavalo
Cavalos em rua de Rio Claro se alimentam de restos em sacos de lixo

Desde que a Vigilância Patrimonial (VP) deixou de fazer o serviço de apreensão e recolhimento de animais de grande porte – bois e cavalos – soltos em via pública, a insegurança que a situação provoca só tem aumentado em Rio Claro, em função dos riscos à saúde pública e ao trânsito.

Até então, a partir de denúncia de populares, bovinos e equinos eram capturados por funcionários do setor e levados para o piquete construído em área do antigo matadouro, no final da Rua João Polastri. No espaço, recebiam atendimento veterinário e cuidados com a alimentação, condição, muitas vezes, diferente da qual viviam nas ruas.

A prefeitura informa que mantém o atendimento de animais em situação de risco ou vítimas de maus-tratos, mas o serviço de recolha de animais de grande porte será efetivado assim que o município dispuser de área própria e específica para esse serviço, uma vez que a área inicial não foi autorizada pela Secretaria de Estado da Agricultura. “No caso de reclamação, a prefeitura desloca equipe para averiguar a denúncia, atende o animal em caso de maus-tratos e localiza o proprietário, que é orientado sobre as devidas providências”, esclarece em nota.

O abandono dos animais, a sujeira gerada ao revirarem sacos de lixo, os riscos ao circularem em meio ao trânsito e o serviço falho de recolha são os problemas apontados pelo vereador Juninho da Padaria, que cobra providências do Executivo. “De fato, esse trabalho era feito pela Vigilância Patrimonial e, agora, está sob a responsabilidade da Secretaria de Planejamento, Desenvolvimento e Meio Ambiente (Sepladema). O reboque utilizando para fazer a remoção dos animais foi arrumado, porém não há local apropriado para o depósito no caso de captura”, comenta o vereador.

Para o legislador, quem abandona animais nas ruas precisa ser punido. “Temos que aplicar altas multas para disciplinar e conscientizar as pessoas, já que com essa atitude iremos preservar vidas e cuidar dos animais que, também, são vítimas dessa condição”, reforça. “Cobraremos uma posição do Executivo para que os animais de grande porte possam ser colocados num espaço adequado, evitando, assim, acidentes e outros problemas”, completa.

Casos

As demandas atendidas pelo município incluem denúncias de maus-tratos, abandono de animas em via pública, orientações sobre o trato com os animais domésticos e, também, o estímulo à adoção. Para comunicar casos de animais em situação de risco, ligue para 3526-7156.

Acidente

Em dezembro de 2012, um cavalo (cujo proprietário não tinha sido identificado) teve que ser sacrificado, depois de ser atingido por uma moto na Rua Jacutinga, próximo ao Nosso Teto. O motociclista que se envolveu na colisão abandonou o local.

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