Angela de Lourdes Ferreira (65 anos) e a Margarida Gomes (68 anos) trazem relatos fortes de como enfrentaram a quimioterapia ao longo dos últimos meses
Conheça a história de duas mulheres que venceram uma importante etapa do tratamento contra o câncer e tocaram o sino da vitória na Santa Casa de Rio Claro. Elas encerram 2025 com muita resiliência e força para dar continuidade ao tratamento onde irão passar por cirurgia no início do ano
Aos 65 anos dona Angela de Lourdes Ferreira, moradora do Jardim Novo I, carrega dentro de si uma força que é referência para a família. Tanto é que ao descobrir um câncer na região do abdômen e pelve confortou a todos com um pensamento de fé e resiliência: “Quando veio o diagnóstico eu estava na sala do médico com a minha nora e eu me lembro que ela ficou sem reação, estava incrédula. Eu dei força para ela porque naquele momento eu já pensei que a doença não me pertencia e que eu ia em busca da cura como se fosse qualquer outra doença. Na verdade passava tudo pela minha cabeça menos que eu estava com câncer. E foi assim que eu encarei. Passei por uma cirurgia em julho para retirada do tumor que já estava com 22 centímetros e depois dei início a quimioterapia”, conta.
Angela teve os primeiros sintomas durante o trabalho no mês de março: “Eu tive dor nas costas primeiro mas acreditei que era algo da idade, normal. Comecei a preocupar quando os meus pés começaram a inchar e minha barriga também. Parecia que eu estava grávida de nove meses. Procurei a UPA, fiz alguns exames, fui encaminhada para o postinho do meu bairro com urgência e daí por diante foram mais exames, consultas até fechar o diagnóstico”, relembra.
Após a última quimioterapia na Santa Casa ela agora se prepara para uma cirurgia onde vai retirar outros órgãos: “Acredito que logo em janeiro eu já realize a cirurgia. Estou ansiosa para fazer do ano de 2026 um recomeço. Não vou negar foi um processo doloroso mas também de muito aprendizado. Tudo foi mais fácil de encarar diante de profissionais tão maravilhosos que estiveram ao meu lado. Toda a equipe da Santa Casa, desde a recepção, as cozinheiras que faziam a comida quando realizei a primeira cirurgia, enfermeiras, equipe médica, toda a equipe da Oncologia, eu só peço a Deus que retribua cada um dobro. E também a minha família que foi fundamental”, finaliza.
Quem também quer virar a página e começar um novo capítulo em 2026 é dona Margarida Gomes, 68 anos. A moradora do Parque São Jorge descobriu neste ano um câncer na mama e axila: “Dei uma relaxada e fiquei três anos sem fazer mamografia. Em maio estava com dor no peito, falta de ar e notei um caroço nos seios. O médico ficou bem bravo comigo e com razão. Por isso eu faço um alerta às mulheres para não se descuidarem. Dei início a quimioterapia na Santa Casa e não vou negar que foi um processo de altos e baixos. Tive medo, dias difíceis mas o apoio que recebi foi imprescindível. Toda a minha família esteve segurando a minha mão e a equipe da Santa Casa foi de um carinho enorme comigo”, afirma.
Tocar o sino da vitória neste mês de dezembro após a última quimioterapia foi um momento de muita emoção para dona Margarida: “Além de profissionais que caminharam comigo ao longo dos últimos meses a minha família também estava lá para presenciar este momento. Choramos, nos abraçamos, um momento inesquecível mesmo. Agora em janeiro farei a cirurgia para uma nova etapa no tratamento. Sigo a caminhada com a primeira vitória conquistada e com força para logo comemorar a tão sonhada cura”.
“Concluir o tratamento de quimioterapia é uma conquista muito significativa. Cada sessão representou um passo de coragem, resiliência e esperança, enfrentado com força diante dos desafios. A Oncologia da Santa Casa de Rio Claro se orgulha de caminhar ao lado das pacientes durante essa jornada, oferecendo cuidado, atenção e compromisso em cada etapa. Mais do que tratar a doença, buscamos cuidar de forma integral, respeitando sua história e suas necessidades”, finaliza Fabiana Schnetzler que é gerente de Oncologia da Santa Casa de Rio Claro.