Em comparação com o ano passado, aumentou em quase dois mil o número de pessoas vivendo em situação de pobreza ou extrema pobreza no município

Em comparação com o ano passado, aumentou em quase dois mil o número de pessoas vivendo em situação de pobreza ou extrema pobreza no município

Em comparação com o ano passado, aumentou em quase dois mil o número de pessoas vivendo em situação de pobreza ou extrema pobreza no município

Dados publicados na última sexta-feira (14) pelo Observatório da Região Metropolitana de Piracicaba (RMP) indicam que aumentou em 9,31% a quantidade de pessoas em situação de vulnerabilidade social em Rio Claro, em comparação com o ano passado. O levantamento, atualizado nessa semana, aponta que o município contava até o último mês de fevereiro com 22.714 pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza, inscritas no Cadastro Único, que é a porta de entrada para os programas sociais do Governo Federal. Até agosto de 2022 eram 20.779 pessoas vivendo nesta condição na cidade.

Consideram-se pessoas nesta situação de pobreza aquelas que vivem com renda per capita mensal de R$ 105,01 a R$ 210,00. Já as em extrema pobreza as que possuem a renda per capita de até R$ 105,00 mensais. Considerando os demais municípios da Região Metropolitana, Rio Claro continua se destacando negativamente, sendo a quarta com maior população sociovulnerável. Em primeiro lugar está Limeira, com 52.682 pessoas. Em segundo lugar está Piracicaba, com 44.927 pessoas nesta condição. Já a cidade de Araras conta com 24.406 pessoas.

Quando se faz a comparação pela porcentagem em relação ao total de habitantes, a cidade de Mombuca lidera com 30,6% da sua população em situação de vulnerabilidade social, ou 1.141 pessoas de um total de 3.724 habitantes. Segundo o Observatório, dos 221.270 habitantes da RMP pobres ou extremamente pobres, quase 90 mil são crianças, adolescentes e idosos, ou seja, em situação de baixa ou nenhuma elegibilidade para o mercado de trabalho. Entre aqueles que eram elegíveis, a maioria não possuía sequer o ensino médio completo.

Em Rio Claro, o grau de instrução dos pobres ou extremamente pobres é de maioria com ensino médio incompleto. “Na RMP, a maior parte dos empregos formais é ocupada por pessoas que possuem pelo menos o ensino médio completo, o que para a maioria das pessoas em situação de pobreza ou extrema pobreza é uma barreira à inclusão no mercado de trabalho formal”, explica o Observatório.

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De forma geral, entre os habitantes com essa condição, das famílias inscritas no Cadastro Único na faixa de renda citada, 80% são chefiadas por mulheres, ou seja, tem uma mulher como a principal provedora financeira. “No Brasil, lares chefiados por mulheres, especialmente aqueles em que não há cônjuge e com crianças, são os mais atingidos pela pobreza e extrema pobreza. A maior concentração desse perfil de pobreza está localizada em municípios menores e com economias menos dinâmicas, como Elias Fausto, Conchal, Mombuca, Santa Maria da Serra, Capivari, Charqueada, Analândia e Rafard”, finaliza.