Imagem do vírus da Covid-19 visualizado em um microscópio eletrônico.

O município registrou até a sexta-feira (18) 624 óbitos em decorrência da Covid-19 nesta pandemia. Também já foram confirmados quase 27 mil casos positivos da doença em todo o período. No entanto, diante da vacinação que se iniciou há um ano, os números melhoraram e conseguiram desacelerar os índices. Caso a aplicação dos imunizantes não tivesse ocorrido, a situação poderia ser catastrófica. É o que aponta um recente estudo publicado pela Unesp, em Rio Claro.

“Quando a vacina chegou em janeiro do ano passado, a pandemia estava em ascensão e assustou Rio Claro com 1.154 novos casos no mês, 59 leitos ocupados por dia e 19 óbitos no mês. Rio Claro entrou no mês de janeiro de 2022 com quase 80% de sua população total vacinada com duas doses. A Ômicron provocou aumento de 390% no número de novos casos em relação ao mesmo mês do ano passado: 5.654 pessoas com infecção conhecida”, explica o Prof. Dr. Eduardo Kokubun.

De acordo com o pesquisador, se não fosse o avanço da vacinação combinada com uma variante menos feroz, Rio Claro teria batido outros recordes. “Vacinas protegem cerca de 70% contra hospitalizações e óbitos pela Ômicron e 30% contra novas infecções. Sem a vacinação teríamos 18.847 casos em janeiro, com 161 leitos ocupados por dia e 90 óbitos”, alerta o cientista.

O pesquisador lembra que a disseminação da variante Ômicron é tão rápida que ela consegue burlar medidas de contenção e mitigação mais facilmente do que variantes antigas. “Além disso, 80% das pessoas infectadas pela Ômicron não apresentam sintomas, enquanto nas variantes ancestrais era de 40%. Isso aumenta, e muito, a propagação da doença. A receita para controlar a pandemia que vem sendo repetida à exaustão pela OMS é completar o esquema vacinal incluindo a dose de reforço para todos, permanecer em ambientes ventilados, usar máscaras”, alerta o representante da Unesp.

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