Televisão: canais abertos estão fora do ar em Rio Claro

Leitores entraram em contato com o JC nesta semana com reclamações sobre os canais da TV aberta que estão fora do ar no município. Desde o fim de semana, de acordo com as queixas, os telespectadores não conseguem sintonizar canais como SBT, Record e TV Cultura. Em contato com a prefeitura, foi informado que um técnico fará inspeção na antena localizada na floresta estadual Edmundo Navarro de Andrade nessa quarta-feira (15), para detectar a causa e buscar sanar o problema. Várias queixas também chegaram à Ouvidoria do município, que cede o espaço e intermedia os conatos com os técnicos das emissoras de televisão.

Daae faz reparo em bomba de recalque da ETA 2 no final da madrugada desta 4ª-feira

A partir das 5 horas da manhã desta quarta-feira (15), o Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) vai realizar a substituição de transformador em uma das bombas de recalque da Estação de Tratamento de Água (ETA 2).

Para realizar a manutenção corretiva dos equipamentos, será necessário desligar a ETA 2. A previsão para terminar o serviço é de aproximadamente duas horas e a retomada do abastecimento está prevista para o período da manhã de quarta-feira (15).

“O serviço será realizado neste horário, visando impactar o mínimo possível o fornecimento de água nos bairros abastecidos pela ETA 2”, explica o superintendente do Daae, Sergio Ferreira.

Nesse período, pode ocorrer baixa pressão ou interrupção temporária no abastecimento de água nos imóveis sem caixa d’água no Distrito de Ajapi e nos bairros abastecidos pela ETA 2.

O Daae informa que ter caixa d’água nos imóveis diminui os transtornos em ocasiões como esta e ressalta a importância de a população fazer uso consciente e sem desperdícios da água.

Serão feitas descargas na rede, mas o retorno da pressão do abastecimento pode resultar em casos pontuais de água escura, que devem ser relatados à Central de Atendimento da autarquia, no telefone 0800-505-5200, que atende 24 horas ligações de telefones fixos e celulares, ou pelo Whatsapp, no telefone (19) 9.9290-6424, que funciona das 8 às 18 horas em dias úteis.

A água também poderá ficar com aspecto “esbranquiçado”, gerado por microbolhas por conta da pressão na rede, que somem depois de alguns segundos, sem prejuízo à qualidade da água.

A ETA 2 fica na estrada que liga o Distrito Industrial ao Distrito de Ajapi e é responsável pelo abastecimento de 60% da cidade. Os outros 40% são distribuídos pela ETA 1, que fica no bairro Cidade Nova e seguirá funcionando normalmente.

‘Bloco do Coreto’ na sexta-feira tem Batuque da Nega, circo e teatro

O Bloco do Coreto é atração da programação de carnaval na sexta-feira (17) em Rio Claro. O evento retoma a tradição histórica do carnaval rio-clarense, que por anos contou com o saudoso bloco da Esquina do Veneno e desfiles pelas ruas do centro da cidade.

A programação do Bloco do Coreto começa com a concentração às 19 horas no Museu Histórico e Pedagógico Amador Bueno da Veiga, na Avenida 2 com Rua 7. O bloco sai às 20 horas para o Jardim Público.

Para acompanhar o trajeto estará presente o “Fervo da Cultura”, em sua estreia. O grupo conta com artistas de circo, hip-hop, teatro, artes visuais, entre outros

Já no Jardim Público, às 21 horas, os foliões vão poder dançar e cantar ao som do grupo Batuque da Nega. O grupo teve início em 2011, unindo os elementos de escola de samba para levar alegria por onde passa.

Em seu repertório estão os melhores estilos e tendências da música nacional, com interpretações que vão desde os mais famosos hits e clássicos do pop, soul, samba, funk e clássicos carnavalescos.

Prefeitura instala quatro lombadas eletrônicas próximas a escolas

Na última segunda-feira de fevereiro, dia 27, a prefeitura de Rio Claro colocará em funcionamento quatro lombadas eletrônicas para ampliar a segurança no trânsito em trechos próximos a prédios escolares. Na mesma data também entrarão em operação três radares fixos.

Todos os equipamentos foram aferidos pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

As lombadas perto das escolas foram instaladas nos seguintes locais: na Avenida Marco Antônio Padula, entre as ruas 8JN e 6JN – Jardim Novo; na Rua 17JN x Avenida 05 – Jardim Novo; na Avenida M53, entre as ruas 9 e 10 – Parque São Jorge; e na Avenida M27 entre as ruas 11 e 10 – Parque das Indústrias.

A instalação das lombadas faz parte do programa da prefeitura para ampliar a segurança e organização no trânsito. “Uma atenção especial sem sendo dedicada às escolas”, ressalta o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Paulo Paulon. Ruas próximas às escolas estão ganhando nova sinalização.

Os três radares fixos irão funcionar nos seguintes locais: na Avenida dos Ipês, da Avenida Saburo Akamine em direção à Avenida Castelo Branco, 50 metros antes do n° 301, (na entrada do Condomínio Club Home), com velocidade máxima de 50Km; na Avenida Ulysses Guimarães, 50 metros antes do n° 506 (em frente ao Fórum Criminal e Vara da Fazenda Pública), com velocidade máxima de 50Km; e na estrada Rio Claro/Ajapi, Km 14, cruzamento com Avenida 2, com velocidade máxima de 60Km.

Família de Rio Claro faz vaquinha para órtese craniana de bebê

O pequeno Bernardo Henrique Talarico de Almeida, de apenas sete meses, nasceu com torcicolo congênito posicional, descoberto durante o processo de amamentação.

Para colaborar com a família, acesse a página da vaquinha clicando aqui.

“O Bê nasceu com freio lingual preso e precisou fazer o pique e, mesmo após isso, ele ainda tinha dificuldade para fazer a pega correta para mamar. A consultora notou que ele tinha preferência de lados, no caso o direito, e pediu que procurássemos um especialista para termos laudo mais preciso”, conta Michele dos Santos Talarico, mãe do pequeno Bernardo.

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O pequeno Bernardo precisa da órtese para cuidar da assimetria craniana. Foto da capa na íntegra.

Através do plano de saúde, a família conseguiu o diagnóstico por um ultrassom. E o tratamento seguiu.

“Fizemos dez sessões de fisioterapia que ajudaram um pouquinho. Também fizemos acompanhamento com uma osteopata que liberava os pontos de tensões do Bê, porém essa especialista o plano não fornecia e tivemos que arcar com os gastos”, relata Michele.

Seguindo com o tratamento em um espaço particular em Piracicaba, a família recebeu a recomendação de que Bernardo necessitava do uso de uma órtese craniana para cuidar da assimetria craniana.

“Fomos para Piracicaba na segunda-feira e ele já colocou a órtese, e permanece com ela 23 horas por dia, é retirada apenas para a higienização. Lançamos uma arrecadação online e conseguimos metade do valor para dar entrada na órtese e daqui 30 dias temos que pagar o restante, por isso precisamos de ajuda”, fala a mãe, que ao lado do pai de Bê, Cleber Almeida Benites, fazem de tudo pelo bem-estar do filho.

Pedido de isenção do IPTU 2023 em Rio Claro pode ser encaminhado até o dia 28

Termina no próximo dia 28 de fevereiro o prazo para os interessados no programa de isenção do pagamento do IPTU 2023. O benefício é concedido pela Prefeitura de Rio Claro e previsto em lei municipal. A data é também o dia em que vencerá a primeira parcela ou cota única do imposto para este período.

Quem tem direito?

Direito a solicitar a Isenção: Pessoa acima de 60 anos de idade, que possui um único imóvel e de uso exclusivo para sua Residência, ter rendimentos até de 2 salários mínimos (R$ 2.604,00), caso não tenha rendimento apresentar carteira de trabalho que comprove isso.

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Atende Fácil fica localizado na Avenida 2, entre ruas 2 e 3. Foto: Divulgação/PMRC.

Aposentado, Pensionista, idoso ou deficiente que recebe o Benefício de Prestação Continuada (LOAS), que possui um único imóvel e de uso exclusivo para sua Residência, ter rendimentos até de 2 salários mínimos (R$ 2.604,00) apresentar documento Pessoal, Extrato do INSS.

Pessoa com Deficiência Física: Apresentar cópia dos documentos pessoais, laudo médico com CID e o enquadramento nas condições contidas no Art. 2 do Decreto, documento que possui um único imóvel e de uso exclusivo para sua Residência, ter rendimentos até de 2 salários mínimos (R$ 2.604,00).

Neto agride avó após ela recusar dinheiro para ele comprar bebida alcoólica

A Polícia Militar de Rio Claro atendeu ocorrência de flagrante de violência doméstica seguido de lesão corporal, às 19h55 desta segunda-feira (13), na Avenida 68-A, bairro Arco Iris, próximo ao Distrito Industrial. Segundo a vítima, uma idosa de 79 anos, a agressão veio do próprio neto de 37 anos quando ela negou a ele dinheiro para compra de bebida alcóolica. Enfurecido por conta da negativa, o acusado empurrou sua avó ao chão, causando-lhe lesão corporal nos braços e joelhos.

Em seguida, o acusado pegou a chave do carro Fiat Palio Fire Economy, herança de seu falecido avô e de marcha a ré, acelerou o veículo contra o portão da residência, a fim de causar danos no imóvel e no automóvel. Como estava próxima, com o impacto da colisão, o portão voltou e atingiu a idosa, fazendo com que ela se desequilibrasse e fosse novamente ao chão.

O acusado já tinha sido preso por descumprir medidas protetivas concedidas a sua avó. Como ele não tinha para onde ir quando saiu em liberdade, ela permitiu o seu retorno a casa.

A idosa foi socorrida na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Avenida 29, no Bairro do Estádio, região sul de Rio Claro. O acusado foi detido e encaminhado ao plantão policial.

O disque 100 é o principal canal de encaminhamento de denúncias de violência contra pessoas idosas. Estas denúncias são encaminhadas às unidades de atendimento do município onde são averiguadas as situações denunciadas. As ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem direta e gratuita, de qualquer terminal telefônico fixo ou móvel, bastando discar 100.

Capturado, Parque Flórida

Procurado, 43 anos, foi capturado pela Polícia Militar às 11h40 da manhã desta segunda-feira (13) na Rua 1-F com Avenida 15-F, Parque Jardim Flórida, próximo ao Jardim Conduta, em Rio Claro. O capturado tem mandado de prisão na Vara de Júri de Execuções Penais no Fórum local.

Falecimentos: confira a necrologia de 14/02/2023

Bernadete Pinto de Oliveira, Bete – 64 anos. Faleceu dia 11, às 16h44, em Rio Claro. Deixou a filha Adriana c/c Adriano, os netos Ana Flavia e Luiz Eduardo. Foi sepultada no Cemitério São João Batista (Funerária João de Campos).

Dulce Sassi Marson – 84 anos. Faleceu dia 12, às 20h02, em Rio Claro. Deixou viúvo Helio Marson, os filhos Angelo c/c Valdiza, Alexandre, Adriana (falecida), 4 netos e 2 bisnetos. Foi sepultada no Cemitério Memorial Cidade Jardim (Funerária João de Campos).

Eli Silveira – 68 anos. Faleceu dia 11, às 10h18, em Rio Claro. Deixou os irmãos Amarilis, José, Olivia, Mauricio, Cristina, cunhados e sobrinhos. Foi sepultado no Cemitério Memorial Cidade Jardim (Funerária João de Campos).

Irineu de Oliveira – 80 anos. Faleceu dia 12 em Rio Claro. Era viúvo de Maria Cecília Ramos de Paula de Oliveira, deixou os filhos Fabio e Patrícia. Foi sepultado no Cemitério São João Batista.

Maria Januária Gomes – 90 anos. Faleceu dia 12, às 15h05, em Santa Gertrudes. Era viúva de Isolino Gomes, deixou os filhos Marta c/c Nilson, Geralda, José, Sebastião, Nilo, Catarina c/c Luiz, Wantuir c/c Elza, netos e bisnetos. Foi sepultada no Cemitério Municipal de Santa Gertrudes (Funerária João de Campos).

Nair Elisabete da Silva Rodrigues, Bete – 72 anos. Faleceu dia 12, às 12h20, em Praia Grande. Era viúva de Valter Manoel Rodrigues, deixou os filhos Alessandra, Anderson c/c Valdirene, e 4 netos. Foi sepultada no Cemitério São João Batista (Funerária João de Campos).

Norberto Carlos Scopinho, Bertão – 73 anos. Faleceu dia 12, às 22h56, em Rio Claro. Deixou viúva Maria Helena Gonçalves Scopinho, os filhos Marcelo c/c Josélia, Anselmo c/c Beatriz, e 6 netos. Foi sepultado no Cemitério São João Batista (Funerária João de Campos).

Vilma Pereira – 78 anos. Faleceu dia 11 em Rio Claro. Foi sepultada no Cemitério Parque das Palmeiras.

Terceiro ano de Gustavo é período para provar ações

[Farol JC, Bastidores e Informações Políticas de Rio Claro] – O terceiro ano deste mandato do prefeito de Rio Claro, Gustavo Perissinotto (PSD), está se iniciando com grande expectativa interna da sua administração. Isso porque, após dois anos de governabilidade, é hora de provar que as ações que executou lá no início da gestão merecem, talvez, um novo voto de confiança no ano que vem, que será praticamente inteiro dedicado às eleições. É fato que todo político que encerra um pleito já começa a pensar no próximo, mas nos discursos públicos Gustavo reforçou que não está pensando, ainda, na reeleição.

Sabe-se nos bastidores que não é bem assim. Mas isso falaremos ao final do texto. Antes, uma recapitulação. No primeiro ano de governo, em 2021, Gustavo destacou que era o período de arrumação da casa. Isto é, pôr ordem em tudo em que julgou desordem – herança do ex-prefeito Juninho da Padaria. Contratos, finanças, burocracia, entre outras ações que prepararam o segundo ano do seu atual governo. Em 2022, muitas intervenções começaram a tomar forma.

O prefeito deu um ‘jeito’ na questão do Instituto de Previdência de Rio Claro, autarquia responsável pela aposentadoria dos servidores municipais. Desde o início da administração, tem honrado com os pagamentos e conseguiu resolver o futuro do setor, uma preocupação a nível nacional, inclusive. Dentro dos investimentos, anunciou o maior programa de recuperação asfáltica e infraestrutura das últimas décadas. Serão quase R$ 200 milhões em obras no asfalto de praticamente toda a cidade, entre várias outras ações benéficas para a cidade – é de se reconhecer.

Com a Câmara Municipal, reforçou a boa articulação para manter uma extensa base governista. A Reforma Administrativa saiu do papel e os cargos se espalharam pelo poder público. Movimentações importantes ocorreram em vários outros setores, como na Saúde, Segurança e Educação. Porém, algumas das promessas lá de trás ainda penam para sair do papel. São os casos da nova concessão do transporte público, que até agora não aconteceu. A concessão do Aterro Sanitário e dos Resíduos Sólidos – coleta de lixo – ganhou outros contornos com uma tentativa de se retirar o caráter deliberativo do Conselho Municipal do Meio Ambiente.

Agora para 2023, anunciou a retomada de um plano bastante antigo. A construção da Avenida Integração, que no passado foi chamada de Avenida Paulista, principalmente pelo seu ex-tutor Du Altimari, na época em que Gustavo era seu secretário de Justiça. A também construção do Hospital Público Municipal teve início, mas os frutos se carregarão em pleno ano eleitoral – como a Farol JC repercutiu anteriormente. Claro, nem tudo são flores. As diversas falhas na comunicação institucional resultam, naturalmente, em críticas dentro e fora do Poder Legislativo, ainda que com uma base grande.

Por outro lado, nos bastidores, Gustavo se movimenta a passos largos visando – justamente – 2024. Várias costuras e articulações partidárias resultaram quase que numa ‘frente ampla’ dentro do seu governo, ainda que nem todos estejam, de fato, exercendo cargos por ali. O projeto visa minar adversários, alguns que são bastante próximos, de forma a que seu projeto de gestão siga como única opção palpável para a próxima eleição. Mas o tempo é curto. Este ano será o período para se provarem as ações para a população – quem, no fim, é a detentora do voto nas urnas, uma vez que o último ano de gestão passará como uma locomotiva. A dúvida é se ela vai travar a passagem dos demais no pleito e conseguir manter os passageiros embarcados.

Roze e Benedito Silva lançam romance em Rio Claro

Roze Silva e Benedito Silva lançaram sábado (11), no Casarão da Cultura de Rio Claro, livro “A Sombra do Amor em Tempos de Escravidão”, em evento que teve o apoio da prefeitura de Rio Claro, por meio da Secretaria Municipal de Cultura.

Romance eletrizante, a obra é uma narrativa alicerçada na temática da escravidão e fala de um amor inquebrantável entre uma negra escrava e seu senhor. História arrebatadora, engloba momentos de grande sofrimento e outros de intensa felicidade. O livro envolve o leitor em diversas tramas e suspense, proporcionando uma viagem no tempo entre amor e lágrimas.

A protagonista, principal narradora, Tereza Maria, uma linda mulher, por quem o coronel se apaixona, perpassa o romance, do início ao desfecho da obra, interagindo com os demais personagens de forma conciliadora e bondosa. Anastácia, pai Benedito, Shikoba, entre tantos outros envolvidos na trama, cumprem seus papéis de forma a envolver, por completo, os leitores.

Roze e Benedito, autores da obra, vivem a primeira experiência de escrever uma obra literária, cuja temática revisita o momento histórico tão impactante.

BRK de Rio Claro alerta para cuidados com a água parada para combater o avanço do mosquito da dengue

A combinação de chuvas, altas temperaturas e oferta de criadouros faz do verão um período propício para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya, que podem levar à morte. Por isso, é importante agir de forma preventiva para deter o avanço do inseto com atitudes simples, mas eficazes. A BRK, concessionária responsável pelos serviços de esgoto de Rio Claro, orienta funcionários e clientes sobre como ter uma atitude consciente e ajudar a reduzir os números dessas doenças.

O gerente de Qualidade, Saúde, Segurança e Meio Ambiente (QSSMA) da BRK, Diego de Oliveira e Silva, enfatiza que a melhor forma de combater o mosquito é impedir a sua reprodução, eliminando locais que podem servir de criadouros. Entre as orientações estão manter bem fechadas as caixas d’água, dar descarga semanalmente em vasos sanitários sem uso, e cuidar para que as calhas estejam limpas e desimpedidas de folhas ou resíduos que possam atrapalhar a passagem da água de chuva.

“Nos últimos anos a atenção esteve focada na pandemia do novo coronavírus e em razão de descuidos, os números oficiais divulgados pelas autoridades públicas revelaram um crescimento dos casos de dengue. E embora muitas vezes não se dê a devida atenção, essa é uma doença que pode levar à morte”, destaca o gerente de QSSMA.

Silva ressalta que os cuidados precisam se estender ao longo do ano, embora o período chuvoso exija ainda mais atenção em função do acúmulo de água em locais que ficam expostos, seja nos quintais das casas, nos terrenos baldios ou nas próprias vias públicas.

“Quanto maior for a conscientização a respeito da prevenção, menos contaminações teremos e isso reflete em bem-estar e qualidade de vida. Neste período, um pequeno descuido pode facilitar a propagação do mosquito. Então, é preciso ficar atento e evitar a água parada nas residências. O uso de telas nas janelas e de repelente também ajudam a manter os mosquitos afastados”, destaca.

As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti têm como sintomas mais comuns a febre alta, dor no corpo e articulações, dor atrás dos olhos, mal-estar, falta de apetite, dor de cabeça e manchas vermelhas no corpo. Nas formas mais graves, a doença pode causar hemorragia interna em órgãos e tecidos. Por isso, em caso de suspeitas de estar com a doença, a recomendação é para que procure um serviço médico rapidamente. Além disso, quem se contamina pela segunda vez pode apresentar a forma grave da doença.

De acordo com dados da Agência Brasil, em todo o país foram cerca de 1,4 milhão de casos de dengue em 2022, o que corresponde a um aumento de 172,4% em relação ao ano anterior. Já o número de mortes confirmadas pela doença chegou a 1.016.

Indígenas yanomami mostram impactos sociais graves do garimpo ilegal

Por Pedro Rafael Vilela (Enviado especial, Boa Vista, Roraima) – A presença do garimpo ilegal no Território Yanomami causa múltiplos impactos na vida social dos indígenas. A crise humanitária é mais visível no estado de saúde delicado, especialmente de crianças e idosos, como visto nas últimas semanas, mas alcança ainda dimensões culturais desse povo. Na última semana, a reportagem da Agência Brasil visitou algumas vezes a Casa de Saúde Indígena (Casai), em Boa Vista, e também esteve no próprio Território Yanomami, no Polo Base de Surucucu, entre quinta (9) e sexta-feira (10). Durante as visitas, conversou com os indígenas e especialistas para entender melhor como eles percebem esses impactos. blankblank

“Água suja para comer, estraga o peixe. Crianças muito fracas. Água bebe-se suja e barriga dói muito”, diz Enenexi Yanomami, que tenta descrever a situação vivida por seus parentes na terra indígena. A Agência Brasil encontrou o jovem indígena, de 21 anos, na entrada da Casai. Segundo ele, já passavam de 60 dias sua estadia na capital para acompanhar familiares doentes. O retorno ao território, que depende de transporte aéreo, não tinha previsão. “Faltam mais horas de voo para Surucucu”.  

Para ele, a presença do garimpo é o que tem causado os danos que afetam seu povo. “Agora, tem que tirar garimpo. Quando tirar, tranquilo. Tem muito garimpo lá, [tem que ser] proibido”. 

Mãe de duas crianças internadas na Casai, Louvânia Yanomami já perdeu a conta de quanto tempo está longe de sua terra. Sem previsão de alta, ela recebeu alerta dos médicos de que, se voltar, pode colocar a vida do filho menor em risco. A criança, que tem entre 1 e 2 anos, apresenta quadro de desnutrição severa e inchaço do abdômen. 

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Indígenas yanomami acompanham deslocamento de equipes e material da Força Nacional do SUS no aeroporto de Surucucu. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Surucucu (RR), 09/02/2023 – Indígenas yanomami acompanham deslocamento de equipes e material da Força Nacional do SUS no Aeroporto de Surucucu – Fernando Frazão/Agência Brasil.

“Eu estou muito cansada, tem muita gente aqui [Casai], dá pra perceber. É uma situação difícil. Não vou deixar porque é meu [filho] e não posso levar porque ele vai morrer”, relata, angustiada, com ajuda de um intérprete. Em janeiro, a Casai chegou a abrigar mais de 700 pessoas, mas o local tem capacidade para pouco mais de 200. Houve uma redução dessa superlotação, mas o espaço ainda registra a presença de mais de 500 pessoas, segundo balanço da semana passada do Centro de Operações de Emergências (COE) do governo federal. 

Quem também reclama dos danos ambientais trazido pela exploração ilegal de minérios é Arokona Yanomama, com quem a reportagem conversou na Casai. Ele cita como o maquinário pesado de dragas e tratores afugenta animais de caça e polui a terra. “Cheiro ruim. Morre caça, morre tudo. A terra não é boa, é muito feio. Máquina de fumaça entrou, por isso cheiro muito ruim. Contaminaram terra, contaminaram água, poluíram peixe”, relata. Agora, para caçar um porco do mato, ele tem que andar por pelo menos 50 quilômetros para se afastar da área mais deteriorada.  

Referência perdida

“O garimpo vai justamente atacar a cadeia alimentar básica dos yanomami. Eles são um povo de mobilidade territorial, vivem da caça, da pesca, da coleta e da agricultura. Nada mais triste, então, do que um caçador yanomami não ter caça para suprir a família”, explica a antropóloga Maria Auxiliadora Lima de Carvalho. Ela trabalha há mais de 20 anos com o povo yanomami, em Roraima.

“O povo yanomami nunca precisou de doação de alimentos para sobreviver. Todo esse cenário de vulnerabilidade foi provocado. O maior mal ainda é a presença do garimpeiro, do garimpo”, afirma o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Weibe Tapeba, que visitou o território na última quinta-feira (9).

Até mesmo alguns dos rituais mais sagrados dos yanomami estão sendo drasticamente abalados pela atividade garimpeira e a desassistência generalizada em saúde dentro do território. É o caso das cerimônias fúnebres. Os yanomami não enterram seus mortos. Eles cremam os corpos de seus familiares falecidos e, depois, trituram os ossos até virar pó. O processo pode levar semanas e, muitas vezes, inclui uma fase final em que a comunidade realiza um ato de tomar mingau de banana com as cinzar do ente falecido. 

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Mulheres e crianças yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Surucucu (RR), 09/02/2023 – Mulheres e crianças yanomami em Surucucu, na Terra Indígena Yanomami – Fernando Frazão/Agência Brasil.

“Os yanomami fazem questão dos rituais fúnebres, mas os mortos são tantos que não está havendo nem tempo para chorá-los”, afirma a antropóloga. Essas cerimônias podem incluir também a presença de visitantes de aldeias diferentes e, nesses casos, os anfitriões costumam oferecer um animal de caça, o que tem ficado escasso nas regiões afetada pelo garimpo. 

A entrada do álcool na cultura yanomami, que não é recente, mas tem se agravado, é outro fator desestabilizador. O kaxiri, bebida  feita de macaxeira cozida, não alcoólica, e muito tradicional, passou a ser fermentada pelos indígenas para ficar com alto teor de álcool, por influência dos garimpeiros, ainda durante a primeira invasão ao território, no fim da década de 80. “Isso fez aumentar casos de violência contra as mulheres e de violência de uma forma geral”, explica Maria Auxiliadora. Também interferiu na produção agrícola, fazendo com que indígenas aumentassem a plantação de macaxeira para produzir a bebida, ampliando o ciclo do consumo de álcool nas aldeias. 

Juventude assediada

A antropóloga também observa outro tipo de desestruturação comunitária causada pelo garimpo. No primeiro grande surto de garimpagem ilegal na Terra Indígena Yanomami, a partir da segunda metade da década de 80, a maior parte da população de indígenas era formada por adultos. Atualmente, no entanto, a base da pirâmide etária ficou bem mais numerosa, com forte presença de adolescentes e jovens. No entanto, a grande maioria das escolas dentro do território foi desativadas pelo governo do estado. 

“As políticas públicas não chegam para esses jovens. E eles são jovens, querem aventuras. Com isso, o garimpo assediou enormemente essa juventude, com acesso a armas, que eles apreciam muito, e outros objetos”, acrescenta a especialista.

Ela cita o caso de assédio sexual de garimpeiros contra as mulheres indígenas, que observou durante trabalho de campo na comunidade, onde permaneceu por vários anos, entre 2002 e 2009. Segundo a antropóloga, as denúncias que vêm sendo reveladas agora, com a explosão de garimpo no território, são bem prováveis. 

“Com o garimpo o tempo todo e cada vez mais, é bem possível que eles tenham feito sedução. Elas gostam muito de sabonetes, óleo para cabelo, comida. Então, essa troca por relação sexual, seja consentida ou não, é desigual, porque há posições de poder bem claras”, argumenta.

O governo federal investiga o caso de 30 meninas yanomami que estariam grávidas de garimpeiros que atuam ilegalmente no território.

Esperança

Surucucu (RR), 09/02/2023 - Indígenas yanomami acompanham deslocamento de equipes e material da Força Nacional do SUS no aeroporto de Surucucu. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Surucucu (RR), 09/02/2023 – Indígenas yanomami acompanham deslocamento de equipes e material da Força Nacional do SUS no aeroporto de Surucucu – Fernando Frazão/Agência Brasil.

Em meio ao caos vivido pelos yanomami, a esperança no futuro passa pela reativação das escolas na região, fechadas há mais de uma década.  

“Aqui tinha escola, eu ainda lembro”, afirma Ivo Yanomami, tuxaua (cacique) na comunidade de Xirimifik, com mais de 200 pessoas, grande parte crianças e adolescentes. A aldeia fica a cerca de 15 minutos de caminhada da pista de Surucucu.

A demanda pela retomada das escolas indígenas dentro do território será levada ao governo federal, assegurou o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, durante visita que fez à região.

Colaboraram Flávia Peixoto e Ana Graziela Aguiar, repórteres da TV Brasil.

Jornal Cidade RC
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