O evento aconteceu no Clube Tamoio, no bairro do Estádio, e foi realizado em parceria com o Coletivo de Juventude Negra Nkenge

Divulgação

As assessorias da Juventude e Integração Racial, da Diretoria de Políticas Especiais de Rio Claro, realizaram no último sábado (5) um debate sobre a violência, em suas várias manifestações, que se volta contra a juventude negra brasileira, em especial no estado de São Paulo.

Os organizadores entendem o debate como uma forma importante da sociedade se posicionar diante da onda de violência que atinge a juventude, especialmente os jovens negros, mas que se abate também sobre a mulher negra e se estende à população LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros).

“São temas sempre oportunos, essenciais na promoção das mudanças e avanços nos direitos humanos que desejamos para o Brasil”, afirma o diretor de Políticas Especiais, Luiz Carlos Rodrigues Rezende.

O evento aconteceu no Clube Tamoio, no bairro do Estádio, e foi realizado em parceria com o Coletivo de Juventude Negra Nkenge
O evento aconteceu no Clube Tamoio, no bairro do Estádio, e foi realizado em parceria com o Coletivo de Juventude Negra Nkenge

Estatísticas

De acordo com o Mapa da Violência 2015, elaborado pela Faculdade Latino-Americana de Estudos Sociais, o número de mulheres brancas assassinadas caiu 10% no período 2003 a 2013, enquanto as mortes de mulheres negras tiveram um crescimento assustador no mesmo intervalo de tempo, com aumento de 54%. Outro dado revelador da violência é o assassinato de 165 gays, travestis e lésbicas nos primeiros seis meses de 2012, número 23% maior que o registrado no primeiro semestre do ano anterior.

Diagnóstico do governo federal apresentado ao Conselho Nacional de Juventude dá tons ainda mais sombrios ao quadro da violência, apontando vetores importantes que estão relacionados a esta realidade, indo além do fator socioeconômico: a condição geracional e racial das vítimas desses assassinatos. Para situar a gravidade da situação que persiste, hoje, no Brasil, a organização do debate deste sábado informa que 70% das quase 50.000 pessoas assassinadas em 2010 eram negras.

A sua assinatura é fundamental para continuarmos a oferecer informação de qualidade e credibilidade. Apoie o jornalismo do Jornal Cidade. Clique aqui.

Mais em Dia a Dia:

Programa combate lentidão na abertura de empresas

Jucielen vence bicampeã nos EUA