Vivian Guilherme

Apenas uma vontade move o jovem sírio Sameh Brglah, de 23 anos: o desejo de estudar. Foi por isso que ainda aos 18 anos deixou seus pais e irmãos para buscar alternativas em outros países. Passou pelo Líbano, pela Jordânia e há pouco mais de um ano está no Brasil. Estudante na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (Unicamp), Sameh esteve em Rio Claro no último dia 8 de junho para conhecer a cidade e contar um pouco de sua história para o Grupo JC.

O refugiado conta que na Síria os jovens são obrigados a ingressar no Exército, o que, aliás, nunca foi a sua intenção. “Sabemos que se ingressarmos no Exército vai ser para lutar contra as pessoas inocentes, que não fizeram nada, apenas querem uma mudança política”, disse Sameh, que explicou um pouco da situação em seu país de origem.

“Na Síria atualmente está no poder um governo ditador, ou seja, a mesma família está no poder há quase 50 anos. Esse governo não permite que as pessoas tenham liberdade, antes tínhamos paz, mas não liberdade para falar ou comentar qualquer coisa sobre o governo. A mídia em geral fala o que o governo quiser. Em 2011, as pessoas começaram a sair às ruas querendo liberdade, mas o governo não aceitou bem e começou a prender e matar pessoas. Os grupos rebeldes chegaram depois, em 2013, os grupos guerrilheiros. Antes disso, eram apenas civis. O problema é que o governo da Síria não quer deixar o poder”, detalhou Sameh.

BRASIL

Sobre o Brasil, o sírio ressaltou a qualidade das universidades e o acolhimento da população. “Ao entrar no Brasil você não se sente um estrangeiro, você se sente brasileiro. O país é uma mistura muito bonita de raças”, comentou o estudante, que disse ter escolhido o País por ter algumas das melhores faculdades do mundo. “A faculdade em que estudo é a melhor da América Latina”, exclamou.

A matéria na íntegra você confere na edição impressa do JC deste domingo (12). Abaixo, vídeo mostra entrevista com Sameh Brglah.

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