Carine Corrêa

Na semana passada, Rio Claro recebeu a notícia sobre a extinção do Grupamento de Polícia Montada de Rio Claro, a Cavalaria, “com o remanejamento das vagas no âmbito daquele Batalhão”, como detalha boletim geral da PM expedido no último dia 6. A notícia repercutiu na sessão ordinária da Câmara Municipal de Rio Claro de segunda-feira (9).

A peemedebista Maria do Carmo foi a primeira a tocar no assunto. “Nós perdemos a Cavalaria. Um absurdo isso. Nós votamos um projeto nesta Casa doando um terreno. Fica aí de alerta, uma conquista do nosso ex-prefeito Lincoln Magalhães […] Nós votamos a lei aqui, 24 de maio de 2017, que foi um pedido do vereador Seron. Ficamos sabendo pela matéria do jornal, que foi uma coisa que o Lincoln Magalhães implantou no Cervezão e agora estamos perdendo”, disse Maria do Carmo no uso de sua fala pelo artigo 84.

Em vídeo postado nas redes sociais nessa terça-feira (10), o líder do governo na Câmara, vereador Ruggero Seron (DEM), também repudiou a extinção do Grupamento da Polícia Montada de Rio Claro. “Nesta manhã [sexta-feira, 6] Rio Claro está em luto. Estou aqui na frente da nossa cavalaria, aqui no Cervezão, de 32 anos. Tenho em minhas mãos um documento do Comando-Geral da Polícia Militar emitido dia 6 de outubro que extingue com a nossa Cavalaria. Isso é uma vergonha. Um serviço de qualidade prestado, não somente no policiamento preventivo, como também com os projetos sociais em que são atendidas nossas crianças. Gostaria de perguntar a você, Sr. comandante: o que nós faremos com nossas crianças? O dinheiro que é pago aqui é um dinheiro do povo, e o povo pede para a Cavalaria ficar. Estarei trabalhando com afinco, para tentar reverter esse processo. Perdemos nosso batalhão de Polícia Rodoviária e agora nossa Cavalaria. Isso é uma vergonha. Sr. governador, a polícia não é do senhor. A polícia é do povo. E o povo pede para a Cavalaria ficar na cidade de Rio Claro”, criticou o democrata.

Sem volta

Procurado novamente, o comandante do 37º Batalhão da Polícia Militar em Rio Claro afirmou que comando “não volta atrás” da decisão que foi tomada. “A produtividade é muito menor do que a da Polícia na moto. O efetivo já está trabalhando em outro policiamento. Está tentando se fazer política com esse assunto. Quanto a projetos, vamos acertar com Udam e Prefeitura”, frisou coronel Silveira.

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