Cômodos sem objetos pontiagudos ou cortantes são ideais para abrigar os animais (Foto: Silvia Faller / Clube dos Vira-latas)

Fabíola Cunha

Cômodos sem objetos pontiagudos ou cortantes são ideais para abrigar os animais (Foto: Silvia Faller / Clube dos Vira-latas)
Cômodos sem objetos pontiagudos ou cortantes são ideais para abrigar os animais (Foto: Silvia Faller / Clube dos Vira-latas)

Noite de Ano Novo, a comemoração é feita com muita queima de fogos, para saudar a chegada de mais um período de promessas e expectativas. Com audição muito mais aguçada que a humana, cães e gatos sofrem demais com o estrondo dos fogos, o que ocasiona fugas e acidentes.

“Existem animais que não ficam assustados, ficam excitados, correm e querem ‘pegar’ o barulho, mas a maioria se assusta, se esconde ou foge sem rumo”, explica Solange Mascherpe, do setor de Informação, Educação e Comunicação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) em Rio Claro.

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Em alguns casos pode-se administrar substâncias calmantes, mas apenas sob supervisão de um veterinário; usar tufos de algodão grandes para ajudar a abafar o som e, caso o animal seja filhote, dar brinquedos e biscoitos próprios para que o bichinho associe o barulho a algo bom desde o início.

Nem todos os tutores, porém, ficam em casa durante a queima de fogos. Deixar o animal sozinho, em desespero com o barulho, requer também preparo. Segundo Mascherpe, deve-se “deixá-los em local protegido, como dentro de algum cômodo da casa”, diz. Retire objetos pontiagudos e cortantes, pois uma tentativa de fuga ou correria dentro do local pode machucar o animal.

Gatos gostam de se esconder em locais como armários e guarda-roupas, uma alternativa é deixar as portas desses móveis abertas para que eles entrem e se acomodem até a barulheira passar.

Não apenas cães e gatos sofrem nesta época, pássaros e hamsters, por exemplo, também são levados ao extremo do stress: “O barulho incomoda qualquer animal. Pássaros, principalmente os abrigados em árvores, morrem aos milhares nesta época, por causa do susto que ocasiona problemas cardíacos”, relata.

Perigo

Levantamento feito pela Associação Brasileira de Cirurgia da Mão revela que uma em cada dez pessoas que mexem com fogos de artifício tem os dedos amputados. A maior taxa de acidentes com esse tipo de material acontece no período de festas de fim de ano.

De acordo com dados da associação, em 70% dos acidentes há queimaduras e em 20%, cortes e lacerações. Há ainda registro de amputações dos membros superiores; lesões de córnea ou perda da visão e lesões do pavilhão auditivo ou perda da audição.

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